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Opinião

Editorial

- Publicada em 27 de Outubro de 2009 às 00:00

Tríplice Fronteira é porta aberta ao contrabando


Jornal do Comércio
Mulheres e bebês atingidos no tiroteio corriqueiro das favelas do Rio, a ainda Cidade Maravilhosa comparada, por diretor da ONU, a Medellin, na Colômbia, que foi dominada por traficantes e conseguiu livrar-se deles em grande parte. Isso com mais presença dos poderes públicos para acolher a juventude, não a deixando à disposição dos narcotraficantes, que logo a emprega. Também estancar a entrada de armas, que chegam acolitadas pela corrupção. Por isso é bom que a Receita Federal tenha desencadeado a Operação Advento na Tríplice Fronteira, Foz do Iguaçu basicamente. Segundo o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, é nas semanas que antecedem o fim do ano que aumenta o contrabando de mercadorias, inclusive de armamentos e drogas, 40% do total via Foz do Iguaçu. São 308 servidores da Receita na operação, com dois helicópteros. Por não serem blindados, ficarão na investigação, com suas câmeras infravermelhas, visor noturno e radar para localizar embarcações. Com o concurso que será realizado em dezembro, a Receita terá mais 450 auditores e 750 analistas. De janeiro a agosto foram apreendidos R$ 880,2 milhões em mercadorias, aumento de 26,6% em relação à média de 2008. As apreensões de veículos foram de 3.681, ou mais 37,3%.

Mulheres e bebês atingidos no tiroteio corriqueiro das favelas do Rio, a ainda Cidade Maravilhosa comparada, por diretor da ONU, a Medellin, na Colômbia, que foi dominada por traficantes e conseguiu livrar-se deles em grande parte. Isso com mais presença dos poderes públicos para acolher a juventude, não a deixando à disposição dos narcotraficantes, que logo a emprega. Também estancar a entrada de armas, que chegam acolitadas pela corrupção. Por isso é bom que a Receita Federal tenha desencadeado a Operação Advento na Tríplice Fronteira, Foz do Iguaçu basicamente. Segundo o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, é nas semanas que antecedem o fim do ano que aumenta o contrabando de mercadorias, inclusive de armamentos e drogas, 40% do total via Foz do Iguaçu. São 308 servidores da Receita na operação, com dois helicópteros. Por não serem blindados, ficarão na investigação, com suas câmeras infravermelhas, visor noturno e radar para localizar embarcações. Com o concurso que será realizado em dezembro, a Receita terá mais 450 auditores e 750 analistas. De janeiro a agosto foram apreendidos R$ 880,2 milhões em mercadorias, aumento de 26,6% em relação à média de 2008. As apreensões de veículos foram de 3.681, ou mais 37,3%.

Tudo o que existe de bonito na cidade de Foz do Iguaçu merece elogios. Belezas naturais, então, como as famosas cataratas, não faltam. No entanto, desde alguns anos que a Tríplice Fronteira, que abrange territórios do Brasil, Argentina e Paraguai, merece atenção especial da Receita e da Polícia Federal. Mais do que produtos, muitos compram drogas. Da maconha até a poderosa cocaína e chegando ao devastador de cérebros, o crack. A Polícia Federal apresentou, em São Miguel do Iguaçu, a 40 quilômetros de Foz do Iguaçu, o Sistema Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant), para o combate ao crime na Tríplice Fronteira. Será a primeira vez no mundo que a polícia emprega um Vant, utilizado só por forças militares, para combater esse tipo de crime. A aeronave é capaz de voar por 37 horas ininterruptas, cobrindo mais de mil quilômetros. Além disso, pode fotografar ou filmar com nitidez, durante o voo, pessoas e objetos no solo, de uma altura que pode chegar a 30 mil pés, ou 10 quilômetros.

A iniciativa é louvável. Tarso Genro, ministro da Justiça, informou que até 2014 esse modelo de aeronave, de fabricação israelense, poderá ser construído no Brasil. Como no caso dos aviões supersônicos cuja licitação internacional está para ser encerrada pela FAB, o contrato de compra do avião não tripulado prevê a transferência de tecnologia para a indústria nacional. Cada uma das aeronaves custa R$ 8 milhões. Essa é mais uma das mais de 90 ações preventivas, repressivas e sociais do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Serão usados três aparelhos, sendo que os outros dois terão como base os estados do Amazonas e o eixo Rio-São Paulo. Numa segunda etapa serão criadas outras quatro bases, com 14 aeronaves. Brasília abrigará, além de uma das bases, um centro de treinamento para os operadores do sistema. O ministro do Interior do Paraguai, Rafael Filizzola, disse ser fundamental que a aeronave seja incorporada como mais um instrumento ao acordo de cooperação técnica para assuntos de polícia, que os dois países mantêm na região de fronteira. Nas cidades, o Rio e todas as outras, não podemos deixar que os jovens se tornem egoístas, por estarem sozinhos. Apoiados no coletivo, eles tornam-se sociais e trabalham com o bem comum.

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