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Mobilidade Urbana

- Publicada em 03 de Dezembro de 2012 às 00:00

Catamarã alavanca o crescimento de Guaíba


JOÃO MATTOS/JC
Jornal do Comércio
“Como o Catamarã está reorganizando Guaíba” é o tema do trabalho de conclusão do futuro géografo Diórgene Belzarina Angeli. Estudante da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), ele percebeu que a operação da hidrovia em um ano causou impactos significativos na parte urbana e central da vizinha da Capital.
“Como o Catamarã está reorganizando Guaíba” é o tema do trabalho de conclusão do futuro géografo Diórgene Belzarina Angeli. Estudante da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), ele percebeu que a operação da hidrovia em um ano causou impactos significativos na parte urbana e central da vizinha da Capital.
“Guaíba não estava preparada para comportar tantos turistas que passaram a frequentar a cidade após o Catamarã”, diz Cássia Rodrigues da Silva, coordenadora da Vitrine Cultural, a Casa de Cultura do município. Conforme os dados da prefeitura, no feriadão de Finados, em 2 de novembro, Guaíba teve mais de quatro mil visitantes.
Em suas pesquisas, Angeli constatou que o movimento nos restaurantes aumentou em 60% nos finais de semana e que falta mão de obra para suprir a demanda. “Tem muito garçom saindo de Porto Alegre para trabalhar em Guaíba”, revela. A prefeitura, em parceria com o Sebrae, está oferecendo cursos de qualificação para atender ao novo público. “Essas pessoas que têm vindo para cá não buscam luxo, mas querem bom atendimento e boa comida”, detalha Cássia. Ela explica que, com o início da travessia Porto Alegre – Guaíba, em outubro de 2011, a população percebeu que precisava aproveitar esse turista que só estava fazendo um bate-e-volta.
“A cidade se voltou para o lago Guaíba durante esse um ano de transporte hidroviário”, avalia Ana Soster, coordenadora do curso de Geografia da Pucrs. Para ela, é possível verificar essa mudança de paradigma nos projetos de revitalização da orla. Na saída da hidrovia, por exemplo, foi colocado um calçamento. O camelódromo, porta de entrada para quem desembarca, está em vias de ser transferido para um espaço que será intitulado Centro de Compras.
A Praça da Bandeira, no Centro, será incrementada com livraria e cafeteria. Na orla, onde fica o eixo gastronômico, há um incentivo para que os casarões antigos sejam reabertos como forma de fomentar a economia local e oferecer variedade na alimentação.
Antes, o sítio histórico de Guaíba só era usado na Semana Farroupilha. “Agora produzimos um roteiro para quem quer conhecer a casa, a erma do Gomes Jardim e o cipreste farroupilha. Um city tour em uma jardineira percorre esses pontos”, propagandeia Cássia.
A procura tem sido tão intensa que a prefeitura está negociando com a família, que mora no local histórico, para abrir mais áreas da residência à visitação. No momento, só é possível acessar uma parte, onde alunos da rede municipal encenam a morte de Bento Gonçalves. Às sombras do cipreste, nesta fazenda de Gomes Jardim (que veio a ser vice-presidente da República Riograndense), os líderes farroupilhas realizaram as últimas tratativas para tomar Porto Alegre, em 1835.
Em outubro, quando a travessia de 14,5 quilômetros e com duração de 20 minutos completou um ano, foi divulgado que o percurso, realizado 10.930 vezes no período, transportou 701.320 passageiros. Os números são referentes aos dois catamarãs, batizados de Ana Terra e Carlos Nobre.
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