Um professor em nossas vidas!

Desde o dia 15 de outubro de 1827, em homenagem à religiosa e escritora espanhola Santa Tereza D’Ávila, um decreto imperial criou o Ensino Elementar no Brasil, onde destacava que “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao professor, em São Paulo. É uma data para homenagens, mas também de refletirmos sobre a real importância da educação em nossas vidas. O patrono da educação brasileira já dissera que “Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”. Lá no final dos anos 1970, minha família saía do campo e ia para zona urbana de Mostardas, Litoral médio gaúcho. Eram anos de chumbo e de luta pela redemocratização. Os pobres e negros, como eu, não tinham políticas públicas e, portanto, tinham um futuro incerto, pedregoso e complicadíssimo. A educação mais valiosa é aquela que vem do berço, então, entra meu pai, analfabeto e agricultor, e minha mãe, alfabetizada e doméstica, que sempre priorizaram, naquele cenário inóspito, a educação de seus filhos. A família é o primeiro contato social que o indivíduo possui, é nela que ele aprende os valores éticos e morais, sendo a unidade básica da interação social, onde a criança começa a aprender o respeito dos limites, a estabelecer relações de amor e de construção de laços afetivos. E, nesse aspecto, meus pais foram doutores!