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Eleições 2012

- Publicada em 08 de Outubro de 2012 às 00:00

José Fortunati consegue reeleição no 1º turno em Porto Alegre


GILMAR LUÍS/JC
Jornal do Comércio
O prefeito José Fortunati (PDT) se elegeu ontem prefeito de Porto Alegre, com 65,2% dos votos válidos. Desde 1996, com a conquista de Raul Pont (PT), nenhum candidato vencia as eleições sem a necessidade de segundo turno. A contagem de votos foi finalizada às 20h05min, mas, às 19h25min, quando Fortunati se pronunciou pela primeira vez como prefeito eleito, o resultado era irreversível.
O prefeito José Fortunati (PDT) se elegeu ontem prefeito de Porto Alegre, com 65,2% dos votos válidos. Desde 1996, com a conquista de Raul Pont (PT), nenhum candidato vencia as eleições sem a necessidade de segundo turno. A contagem de votos foi finalizada às 20h05min, mas, às 19h25min, quando Fortunati se pronunciou pela primeira vez como prefeito eleito, o resultado era irreversível.
Vice-prefeito de José Fogaça (2005-2010) na chapa de 2008, Fortunati assumiu o paço municipal após o peemedebista sair para concorrer ao Palácio Piratini, em 30 de março de 2010. Ontem, ele frisou que não pretende apenas dar seguimento ao trabalho iniciado pelo ex-senador em 2005, mas que deseja imprimir sua marca na nova administração. “Temos obrigação de dar um salto de qualidade”, ressaltou, prometendo uma remodelação na gestão da atual administração.
Sem falar em mudança de nomes no secretariado, Fortunati afirmou que iniciará a reestruturação do Executivo antes mesmo de tomar posse formalmente. Uma das metas para este ano é implantar um gabinete para tratar especificamente de licitações, para dar agilidade aos processos. “O debate mostrou falhas, deficiências e obstáculos a serem transpostos”, enfatizou, garantindo que a partir de hoje já começaria a articular com o vice-prefeito eleito, Sebastião Melo (PMDB), as mudanças que fará na administração.
Com as pesquisas eleitorais indicando as condições de vitória em primeiro turno da coligação “Por Amor a Porto Alegre” (PDT, PMDB, PP, PTB, PPS, PRB, PMN, DEM e PTN), o candidato procurou manter a cautela até o início da apuração dos votos. Entretanto, o semblante confiante e o clima de tranquilidade estampado no rosto do atual prefeito, desde as primeiras horas do dia, desvendavam as reais expectativas quanto ao resultado das urnas. Pela manhã, entre as lideranças que acompanhavam o prefeito eleito, Pedro Simon (PMDB) foi o menos contido e não esperou pela contagem nas urnas para decretar a vitória do pedetista. “Não há o mesmo clima das outras eleições. Ficou um pouco sem graça e perdeu a emoção. É bom liderar e perceber que o fato se explica pelos últimos oito anos de (José) Fogaça (PMDB) e Fortunati, mas está fácil demais”, decretou o senador.
O ex-prefeito Fogaça, que passou por uma situação semelhante em 2008, mas não conseguiu evitar que a decisão fosse levada ao segundo turno, disse que a ampliação do projeto iniciado em seu mandato proporciona melhores perspectivas em 2012.  “Havia, sim, uma conjuntura política com muito mais candidatos considerados polarizadores de votos naquela ocasião. Inclusive o PP não estava conosco, tinha candidato próprio, apoiava Onyx Lorenzoni (DEM). Agora todos estão incluídos no nosso projeto, o que torna a convicção mais sólida do que naquela época”, conclui. Mesmo assim, para Fogaça, a abreviação da campanha não será decisiva para a continuidade da administração, mas servirá para “coroar” a atuação de Fortunati nos dois anos e sete meses em que o substituiu à frente do Executivo de Porto Alegre.

Acerto na estratégia de campanha garantiu ampla vantagem ao pedetista

A euforia dos apoiadores nos últimos dias pouco lembrava a incerteza que cercava a candidatura no início do ano. Ainda que José Fortunati (PDT) tenha conseguido aumentar a aprovação do governo a que deu seguimento, as pesquisas de intenção de voto davam vantagem à deputada federal Manuela d’Ávila (PCdoB). Em abril, na sondagem do Ibope, Manuela liderava com quase dez pontos percentuais de vantagem. Nos meses seguintes, o pedetista conseguiu diminuir a distância da principal adversária, no entanto, até o início da campanha, a comunista ainda era tida como favorita e figurava como vitoriosa em todos os cenários de um provável segundo turno, fosse com o pedetista ou com Adão Villaverde (PT) - conforme a pesquisa do Ibope publicada em 1 de setembro.
O pedetista começou a garantir a vitória especialmente a partir do início da propaganda eleitoral gratuita na TV e no rádio. Conseguiu aliar a boa estratégia de campanha - baseada num jingle muito eficiente e numa descrição com ares jornalísticos dos êxitos da gestão –  à apresentação de inúmeras obras, como a reinauguração do Araújo Viana - o que gerou inclusive polêmica e acusações de uso da máquina por adversários. Ontem à noite, ao fazer o balanço da vitória, o pedetista também creditou o ótimo resultado à postura da presidente Dilma Rousseff (PT), que preferiu não manifestar seu voto para a chapa majoritária. “A presidente teve postura de verdadeira estadista”, afirmou. “Não tenho dúvida de que isso nos ajudou”, disse, agradecendo ainda a ampla composi  ção de partidos que o apoiou.

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