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Histórias do Comércio e dos Serviços

- Publicada em 08 de Outubro de 2012 às 00:00

Banca 40 é marca registrada do Mercado Público


JONATHAN HECKLER/JC
Jornal do Comércio
Ponto tradicional de encontro dos portoalegrenses, a Banca 40 do Mercado Público tornou-se um ponto turístico da Capital. Quem visita a cidade normalmente é convidado a conhecer a famosa salada de frutas e o sorvete, que ganha um diferencial graças à mistura entre os ingredientes. Com o acréscimo da nata cremosa, a mistura forma a famosa Bomba Royal, especialidade da casa.
Ponto tradicional de encontro dos portoalegrenses, a Banca 40 do Mercado Público tornou-se um ponto turístico da Capital. Quem visita a cidade normalmente é convidado a conhecer a famosa salada de frutas e o sorvete, que ganha um diferencial graças à mistura entre os ingredientes. Com o acréscimo da nata cremosa, a mistura forma a famosa Bomba Royal, especialidade da casa.
Aberta em 1927, fundada pelo importador de frutas português Manuel Maria Martins, a Banca 40 é frequentada por públicos de todas as idades, principalmente no verão. No auge da estação, cerca de 1.600 clientes chegam a passar pelo estabelecimento em um único dia. E, para receber tanta gente, os gerentes João Bonnel Júnior e Milton Serpa vêm tomando uma série de medidas para garantir um bom atendimento. 
Além de ter informatizado todo o sistema - o que garante mais rapidez no serviço, nos períodos de maior movimento agora é possível pagar em três caixas. “Antes se formavam filas grandes, porque tínhamos apenas um caixa disponível”, compara Bonnel Júnior. Além das alterações estruturais, a atual gerência, há um ano à frente da banca, também resolveu organizar o atendimento de maneira diferente. Ao invés de permitir o acesso livre da clientela, só é possível entrar se houver espaços disponíveis. Se todos os assentos estiverem ocupados, forma-se uma fila ao lado da entrada. “Antes era meio complicado. Quando estava muito cheio, os clientes ficavam em pé ao lado das mesas, esperando um lugar. Agora, se está lotado, entram quatro pessoas quando saírem outras quatro”, explica Júnior.
Mudanças na cozinha da Banca 40 também estão em curso. Atendendo a exigências da vigilância sanitária, o local de preparação de sorvetes ficará separado do restante da produção. “Nós já utilizávamos um pasteurizador, que aquece os ingredientes a 80 graus, e, em questão de segundos, baixa para quatro graus negativos, antes de começar o processo de bater o sorvete. Então, além de ter uma produção exclusiva de sorvete, nós trabalhamos com os equipamentos mais modernos”, salienta Milton Serpa.
Além dos famosos produtos com sorvetes, frutas e nata, também é possível ter refeições na Banca 40. No cardápio, há opções de pratos quentes. Pela manhã, por exemplo, alguns hóspedes de hotéis do Centro de Porto Alegre optam por tomar o café da manhã já na rua. Eles aproveitam para encontrar outros amigos ou colegas de trabalho no tradicional ponto de encontro. Na hora do almoço, é grande o número de mulheres procurando por uma refeição leve. “Tem um horário de pico, lá pelas 13h, quando recebemos muitas clientes mulheres, senhoras executivas, pedindo um frango grelhado com salada”, nota Serpa.
No inverno, os pratos quentes tomam o lugar dos sorvetes e frutas na lista das opções mais pedidas. Por esse motivo, a Banca 40 se tornou muito conhecida, também, pelas boas sopas que oferece. Até o ano passado eram apenas duas opções de sopas, porém, com as obras de reestruturação da cozinha, aumentou o espaço para a produção de pratos quentes e no cardápio, agora, constam seis sabores de sopa.

Tradição entre várias gerações

Aberta há 85 anos, a Banca 40 tem clientes antigos. Gente que consumia sorvetes com os pais e hoje leva os netos e até bisnetos para saborear a mesma experiência. São pessoas que toda a vez que consomem uma Bomba Royal esperam sentir o mesmo sabor, por isso costumam ser bastante exigentes.
Desde 1979 trabalhando na Banca 40, Fiorindo Alves de Miranda, conhecido como Tio Fio, é o responsável pela seleção das bananas, maçãs, abacaxis, entre outras variedades utilizadas nas saladas e caldos de frutas, que podem ser saboreadas também com sorvetes e nata cremosa. Ele é um dos seis funcionários, de um total de 29, que formam a espinha dorsal da estrutura da Banca 40, aqueles que trabalham há no mínimo dez anos no estabelecimento e são os maiores responsáveis pelo padrão de qualidade dos produtos. “O negócio sempre preservou os mesmos moldes, com a tradição de garantir uma excelente qualidade em tudo que oferecemos. A única diferença é que agora temos ainda mais variedades para o nosso cliente”, indica Tio Fio.
Depois de mais de 30 anos no Mercado Público, Tio Fio exalta que a boa segurança e a limpeza que nem sempre foram comuns aos clientes do Centro de Porto Alegre, e, em especial, do Mercado, hoje são fatores que garantem a satisfação de qualquer um. José Bonnel Júnior, um dos gerentes da Banca 40, concorda.  “Antes, o Centro era sujo e feio. Hoje, esse conceito mudou, não temos mais cheiro de peixe, tudo está organizado. E aqui no Centro, onde se come muito bem? No Mercado Público”, sugere. 
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