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ELEIÇÕES 2012
- Publicada em 03 de Outubro de 2012 às 00:00Manuela confia no segundo turno para equilibrar a disputa
GILMAR LUÍS/JC
Jornal do Comércio
Na comparação com o comício do PT realizado na semana passada, também no largo Glênio Peres, a coligação Juntos Por Porto Alegre reuniu um público menor. Entretanto, a chuva fraca que caiu sobre o Centro da Capital, na noite de ontem, não reduziu a empolgação da militância da deputada federal Manuela d’Ávila (PCdoB).
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Na comparação com o comício do PT realizado na semana passada, também no largo Glênio Peres, a coligação Juntos Por Porto Alegre reuniu um público menor. Entretanto, a chuva fraca que caiu sobre o Centro da Capital, na noite de ontem, não reduziu a empolgação da militância da deputada federal Manuela d’Ávila (PCdoB).
Embalados pela bateria da escola de samba Imperatriz Dona Leopoldina, os militantes demonstravam desconfiança no resultado das pesquisas que apontam vitória no primeiro turno do atual prefeito, José Fortunati (PDT). No palco, os aliados não pouparam críticas às sondagens. “As pesquisas são usadas como instrumentos de campanha. Se dependesse de pesquisa, Olívio Dutra não teria sido eleito prefeito de Porto Alegre em 1988. Até o dia da eleição, (Antônio) Britto aparecia na frente. Mas as urnas deram a vitória a Olívio com mais de 40% dos votos”, lembrou o deputado estadual Raul Carrion (PCdoB).
O vice-governador Beto Grill (PSB) seguiu a mesma linha. “Não temos dúvida de que estaremos no segundo turno. Só assim haverá igualdade de condições para discutirmos qual o melhor projeto para a Capital”.
A gestão de Fortunati foi alvo das críticas do secretário estadual de Infraestrutura e Logística. “A Capital do Orçamento Participativo testemunhou que as obras estão sendo negociadas em troca de votos”, disse Beto Albuquerque (PSB), fazendo referência à denúncia encaminhada ao Ministério Público Eleitoral.
Também marcaram presença no comício o candidato a vice, Nelcir Tessaro (PSD), a senadora Ana Amélia Lemos (PP), o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabello, a secretário do Turismo, Abigail Pereira, e os deputados federais Danrlei de Deus (PSD) e Luiz Noé (PSB).
Quando subiu ao palco, Manuela carregava nos braços a pequena sobrinha Isadora. Abordada pela imprensa, a candidata afirmou que existe um desequilíbrio na campanha. “Nossos adversários têm o poderio econômico”.
Por causa disso, pediu mais tempo para expor as propostas da coligação. “O atual prefeito reclama que não tem tempo para responder as nossas críticas. Pois é isso que nós queremos. Queremos a realização do segundo turno para que ele tenha mais tempo para responder. Mais tempo também para que possamos equilibrar a disputa”, afirmou. Questionada se não faltou polarizar mais com a candidatura Fortunati, Manuela limitou-se a responder: “Eu fiz a minha parte”.
A candidata também comentou a possibilidade de receber o apoio do PT caso chegue ao segundo turno. “Tenho convicção que haverá unidade”. “A aliança é natural. Todos nós fazemos oposição ao governo da mesmice que aí está”, complementou o deputado Carrion.
