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Colunas#Painel Econômico

Coluna

- Publicada em 01 de Outubro de 2012 às 00:00

Uma safra boa, mas não excepcional


GILMAR GOMES/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
O auê que foi feito em torno da qualidade que teriam os vinhos da safra 2012 não apareceu nas taças nem nos comentários dos avaliadores da 20ª Avaliação Nacional de Vinhos, realizada sábado, em Bento Gonçalves, com o exame dos 16 vinhos mais representativos da safra, escolhidos, anteriormente, por 120  enólogos, que examinaram 387 amostras, inscritas por 70 vinícolas. Os 16 degustadores, vindos de vários países, como China, Cuba, Holanda, Argentina e Uruguai, além do Brasil,  para a etapa final, deram notas que ficaram na média dos 80 pontos. Entre os brancos, somente dois chardonnay conquistaram 90, o da vinícola Luiz Argenta, e 92, da cooperativa Nova Aliança, ambas de Flores da Cunha. Entre os tintos, também apenas dois conseguiram notas acima de 90, o tannat da vinícola Antônio Dias, com 90, e o tannat da Almaden, com 92 pontos. Os demais classificados entre os 16 vinhos mais representativos da safra 2012 foram vinhos base chardonnay, da Domno; chardonnay-pinot noir, da Miolo e da Geisse; chardonnay, da Goes e Venturini e da Basso; e moscato, da Perini. Entre os brancos: gamay, da Salton; teroldego, da Don Guerino; merlot, da Almaúnica; cabernet sauvignon, da Guatambu; cabernet sauvignon, da Aurora; e marselan, da Casa Valduga.

O auê que foi feito em torno da qualidade que teriam os vinhos da safra 2012 não apareceu nas taças nem nos comentários dos avaliadores da 20ª Avaliação Nacional de Vinhos, realizada sábado, em Bento Gonçalves, com o exame dos 16 vinhos mais representativos da safra, escolhidos, anteriormente, por 120  enólogos, que examinaram 387 amostras, inscritas por 70 vinícolas. Os 16 degustadores, vindos de vários países, como China, Cuba, Holanda, Argentina e Uruguai, além do Brasil,  para a etapa final, deram notas que ficaram na média dos 80 pontos. Entre os brancos, somente dois chardonnay conquistaram 90, o da vinícola Luiz Argenta, e 92, da cooperativa Nova Aliança, ambas de Flores da Cunha. Entre os tintos, também apenas dois conseguiram notas acima de 90, o tannat da vinícola Antônio Dias, com 90, e o tannat da Almaden, com 92 pontos. Os demais classificados entre os 16 vinhos mais representativos da safra 2012 foram vinhos base chardonnay, da Domno; chardonnay-pinot noir, da Miolo e da Geisse; chardonnay, da Goes e Venturini e da Basso; e moscato, da Perini. Entre os brancos: gamay, da Salton; teroldego, da Don Guerino; merlot, da Almaúnica; cabernet sauvignon, da Guatambu; cabernet sauvignon, da Aurora; e marselan, da Casa Valduga.

Safra II
Mas não se pode generalizar que a safra foi totalmente ruim. A própria média de pontuação, na casa dos 80 pontos, demonstra isso. Além do mais, alguns enólogos explicaram que algumas regiões tiveram mais problemas do que outras. Na região de Candiota, por exemplo, dois dias com chuvas de 80 ml, derrubaram muitas uvas tintas. O estrago foi tanto que a Miolo não fará, este ano, seu vinho top, o Sesmarias. As uvas não tiveram qualidade para tal, informou o enólogo Miguel Almeida. Já em Encruzilhada do Sul, o clima foi favorável para as uvas brancas, e o enólogo Antônio Czarnobay garante que há muito tempo não via chardonnay com tal grau de açúcar. Em Livramento, na Almaden, não houve problema, como demonstra a extraordinária qualidade do Velha Vinhas Tannat, destacado na avaliação com a maior pontuação entre todos. Além dos degustadores, 840 amantes do vinho acompanharam a avaliação.
Destilaria
Em meados de 2013, Bento Gonçalves vai ganhar mais uma atração turística. O empresário Lidio Ziero, que foi proprietário da vinícola Cordelier, cuja marca vendeu, está construindo, no mesmo terreno, uma grande destilaria de malte-uísque, com o objetivo de ser uma das mais importantes do País. O prédio está sendo erguido de forma a poder receber turistas em visitação. O que Dom Ziero espera é o andamento mais rápido das licenças de que precisa para tocar o projeto.
Mais turismo
Bento Gonçalves, que já recebe 200 mil turistas por ano, resolveu apostar defitivamente no turismo, além dos vinhos e dos móveis, e vai criar atrações para conquistar mais visitantes. O projeto é alcançar um milhão de turistas/ano já em 2013. Uma das iniciativas é montar mais atrações junto com as vinícolas, como a colheita noturna, que poderá começar na próxima safra, e a realização de almoços e jantares no meio dos vinhedos, como acontece nos Estados Unidos, na Itália e na França. “Nosso projeto é que cada propriedade tenha uma suíte ou duas para hospedar visitantes”, diz Rogério Valduga, presidente da Aprovale, “criando uma nova fonte de renda para o agricultor, o que o ajudará a permanecer na terra.” Outro projeto, dentro da tendência mundial de o vinho ser produzido em pequenas propriedades, “é que cada produtor tenha sua própria vinícola”.
Direito do vinho
Nos dias 5 e 6, em Bento Gonçalves, alguns dos maiores especialistas do mundo em Direito do Vinho estarão reunidos num conclave organizado pelo advogado Roner Guerra Fabris (leia entrevista na página 10). Advogados da China, da Argentina, da África do Sul, da Austrália e dos Estados Unidos vão discutir o Direito relacionado com a vitivinicultura. Em 2007, a Europa aceitou a Denominação de Origem do Vale dos Vinhedos, mesmo antes desta ser oficializada pelo INPI, e do Nappa Valley, nos Estados Unidos. Durante o encontro em Flores da Cunha, o governo brasileiro vai reconhecer as duas DOs, a do Vale dos Vinhedos e a do Nappa Valley.
Vale dos Vinhedos
A DO Vale dos Vinhedos foi oficializada, sexta-feira, durante jantar no Hotel Villa Michelon, quando um representante do presidente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial entregou ao presidente da Associação dos Produtores de Vinhos do Vale dos Vinhedos, Rogério Valduga, o certificado. O processo para conquistar a certificação começou em 2007. De acordo com Rogério, é uma nova fase que começa para a vitivinicultura e o desenvolvimento socioeconômico da região. Além de contribuir para a qualidade dos vinhos do vale, vai trazer benefícios econômicos e sociais, ajudando a evitar o êxodo rural e ampliando o turismo na região. O jantar contou com a presença dos principais vinhateiros do vale, como João Valduga, Darci e Adriano Miolo, Marcos Valduga, André Larentis, José Carlos Estefanon, Ademir Brandeli, Elton Viapiana e muitos outros.
Impostos
Apesar do bom momento para o vinho, com vendas crescentes, apesar dos grandes estoques, tanto de viníferas quanto de vinho comum, o que os produtores mais reclamam é dos altos impostos.  Luiz Henrique Zanini, da Vinícola Vallontano, diz que, “na hora de produzir, vinho é alimento, na hora de vender, é considerado bebida alcoólica e tem que pagar altos impostos.”
O Dia
• O presidente da Totvs, Laércio Cosentino, será o palestrante do almoço na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul, com o tema “TI na evolução da sociedade do conhecimento”, no 24º Fórum de Administração da Associação dos Administradores da Região Nordeste do Rio Grande do Sul.
• Jantar no Centro Cultural 25 de Julho, às 20h, à rua Germano Petersen Junior, 250.
• A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está iniciando o processo de seleção para gerente-geral da Embrapa Produtos e Mercado (Brasília, DF).
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