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MEMÓRIA

- Publicada em 13 de Setembro de 2012 às 00:00

Ex-guerrilheiro uruguaio relata ações contra a ditadura


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
O ex-guerrilheiro uruguaio Jorge Zabalza participou ontem da abertura do Cine Memória e Justiça - Nossa Memória não Esquece. Zabalza integrou o Movimento de Libertação Nacional - Tupamaros e hoje atua como militante dos direitos humanos, na luta pela condenação dos responsáveis pelos crimes cometidos durante as ditaduras na América Latina, especialmente no Uruguai, onde os militares o mantiveram preso durante 11 anos.
O ex-guerrilheiro uruguaio Jorge Zabalza participou ontem da abertura do Cine Memória e Justiça - Nossa Memória não Esquece. Zabalza integrou o Movimento de Libertação Nacional - Tupamaros e hoje atua como militante dos direitos humanos, na luta pela condenação dos responsáveis pelos crimes cometidos durante as ditaduras na América Latina, especialmente no Uruguai, onde os militares o mantiveram preso durante 11 anos.
“A única maneira que temos para lutar contra uma futura Operação Condor é ter consciência do terrorismo cometido pelo Estado”, afirmou.  Ao lado de Jair Krischke, presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), ele falou sobre a organização e as ações da operação repressiva que uniu seis países e, segundo dados do MJDH, foi responsável pela morte de aproximadamente 14 mil pessoas. 
O militante afirmou que há uma resistência dos governos em investigar e punir os responsáveis pelos crimes. “Não há uma política pela verdade e justiça. Há uma política de desvirtuar a luta pela verdade e pela justiça”. Zabalza criticou o que chama de “política da impunidade”, promovida por governos de direita e esquerda. “O que os militantes dos direitos humanos e seus familiares esperavam é que o governo investigasse e punisse, mas, para isso, tem que haver uma vontade de saber” disse.
A conjuntura político-econômica do Uruguai foi outro tema comentado por Zabalza. Após a saída da prisão, ele integrou o Movimento Nacional de Participação Popular (MPP) que atualmente compõe a Frente Ampla, responsável pela ascensão de José Mujica, também antigo integrante dos Tupamaros, à presidência do país.
Entretanto, Zabalza é um dos principais críticos ao governo uruguaio. “A coalizão nasceu com um projeto de programa popular, mas aconteceu uma troca ideológica, que paulatinamente a transformou em um setor político a serviço do grande capital”, observou.
Ao longo do dia, Zabalza participou de outras atividades de divulgação do Cine Memória e Justiça. O evento acontece até o dia 16 de setembro, na Usina do Gasômetro, com exibição de filmes e debates sobre as ditaduras civis e militares na América Latina.
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