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PRÊMIO O FUTURO DA TERRA

- Publicada em 22 de Agosto de 2012 às 00:00

Celso Aita: Método promove nutrição do solo e reduz poluição


ÍTALO PADILHAUFSM/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
A injeção de dejetos líquidos de suínos no solo em sistemas de plantio direto pode facilitar a nutrição do terreno e, ao mesmo tempo, atenuar o impacto ambiental e reduzir a emissão de mau cheiro. A alternativa agrícola é resultado de uma pesquisa coordenada pelo professor Celso Aita, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em parceria com profissionais da Embrapa Suínos e Aves de Concórdia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade de Santa Catarina (Udesc), Universidade de Passo Fundo e Feevale, de Novo Hamburgo.
A injeção de dejetos líquidos de suínos no solo em sistemas de plantio direto pode facilitar a nutrição do terreno e, ao mesmo tempo, atenuar o impacto ambiental e reduzir a emissão de mau cheiro. A alternativa agrícola é resultado de uma pesquisa coordenada pelo professor Celso Aita, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em parceria com profissionais da Embrapa Suínos e Aves de Concórdia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade de Santa Catarina (Udesc), Universidade de Passo Fundo e Feevale, de Novo Hamburgo.
“Estamos muito esperançosos de que esta tecnologia realmente ajude a minimizar os problemas ambientais resultantes da produção de dejetos da suinocultura e da bovinocultura leiteira, atividades que geram grandes volumes com alto poder poluidor”, confia Aita.
O novo método, em fase de estudo, tem demonstrado bons resultados por evitar problemas comuns da aplicação direta dos dejetos sobre o solo, como é normalmente feito no plantio direto. De acordo com Aita, a injeção do material no terreno diminui a perda de nutrientes pelo escoamento superficial de água, reduz a volatilização de amônia – processo potencialmente poluidor - para níveis próximos de zero e atenua a emissão de mau cheiro. Entretanto, os resíduos de suínos estão na forma líquida e podem contaminar o ambiente se não forem bem manejados. O uso de produtos que retardam a nitrificação, reação produtora de substâncias poluentes, tem se mostrado como solução para o problema. 
Aita iniciou seus trabalhos na antiga Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina (Empasc), em 1984, onde pesquisava a utilização de resíduos orgânicos de origem vegetal e animal em sistemas agrícolas de pequenas propriedades rurais do oeste catarinense. A ideia era difundir o uso de leguminosas como plantas de cobertura para proteção do solo contra erosão e, ao mesmo tempo, fornecer nutrientes às culturas comerciais, especialmente à de milho. Quanto aos dejetos, o objetivo era demonstrar a importância de reciclar os macro e micronutrientes, uma vez que a suinocultura os produz em grande escala.
Após ingressar no Departamento de Solos da UFSM, em 1986, o professor continuou nesta área de pesquisa, procurando selecionar espécies de verão e inverno para inserção nos sistemas de produção local. Na época, também passou a utilizar dejetos líquidos da bovinocultura de leite, quando desenvolveu o método do densímetro, possibilitando que o produtor estimasse diretamente no campo o teor de nutrientes dos dejetos, sem necessidade de envio de amostras para laboratório. Com estas práticas, o agricultor diminui o custo de produção, pois gasta menos em fertilizantes sintéticos, protege o terreno da erosão, e fortalece o solo para a cultura subsequente.

Professor contribui na formação de profissionais

Desde 1986 no Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria, o professor Celso Aita tem valorizado a formação de novos profissionais na área de microbiologia do solo e do ambiente, principalmente ao aproximá-los de suas pesquisas. Para Aita, a importância dos trabalhos realizados na universidade não seria a mesma sem a colaboração dos estudantes. “É uma dupla via: contribuímos para a formação dos alunos, mas sem eles nosso trabalho não tomaria a dimensão que tem.”
Na pós-graduação, ele orientou 33 mestrandos, oito doutorandos e um pós-doutorando. Atualmente, trabalha com apoio de 10 alunos de graduação por meio de bolsas de iniciação científica, orienta quatro dissertações de mestrado, quatro teses de doutorado e uma supervisão de pós-doutorado. Além disso, já foi professor homenageado de mais de 24 turmas do curso de Agronomia da UFSM.
“Sentir a vibração daqueles alunos que nos procuram no início do curso para conhecer nossos trabalhos e que por eles se interessam, iniciando a vida de pesquisadores ao nosso lado, é uma das coisas mais gratificantes como professor e pesquisador. Você oferece a oportunidade e os observa crescer cientificamente e pessoalmente, participando da geração do conhecimento. Esse é um dos pontos fortes da vida como professor”, completa Aita.
PRÊMIO ESPECIAL
João Mielniczuk: Revista Ciência Rural - Professor Titular Aposentado do Depto. de Solos da Ufrgs.
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Ilsi Boldrini: Professora associada da UFRGS/ Instituto de Biociências.
Silvia Terezinha Sfoggia Miotto: Professora Associada da UFRGS do Instituto de Biociência, Departamento de Botânica
CADEIAS DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Algenor da Silva Gomes, Pesquisador Aposentado da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS).
David Driemeir, Professor da Veterinária da Ufrgs.
TECNOLOGIA RURAL
Ronaldo Matzenauer, Fepagro.
César Valmor Rombaldi, Professor Titular da Ufpel, Departamento de Agronomia.
NOVAS ALTERNATIVAS AGRÍCOLAS
Sérgio Francisco Schwarz, professor adjunto da Ufrgs, departamento de horticultura e silvicultura.
Celso Aita, Professor Associado da UFSM/Depto. Solos.
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