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Publicada em 25 de Abril de 2024 às 16:38

Hamas deixaria armas de lado se fosse estabelecido Estado palestino

Líder islâmico não deixou claro se os dois Estados significaria o fim da guerra

Líder islâmico não deixou claro se os dois Estados significaria o fim da guerra

JUSTIN SULLIVAN/AFP/JC
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Agência Estado
Em entrevista à Associated Press, uma importante autoridade política do Hamas disse que o grupo terrorista islâmico está disposto a concordar com uma trégua de cinco anos ou mais com Israel e que deixaria de lado suas armas e se converteria em um partido político, se um Estado palestino independente fosse estabelecido ao longo das fronteiras anteriores a 1967.
Em entrevista à Associated Press, uma importante autoridade política do Hamas disse que o grupo terrorista islâmico está disposto a concordar com uma trégua de cinco anos ou mais com Israel e que deixaria de lado suas armas e se converteria em um partido político, se um Estado palestino independente fosse estabelecido ao longo das fronteiras anteriores a 1967.
Os comentários de Khalil al-Hayya, membro do comitê central de decisão do grupo terrorista ocorreram em meio a um impasse de meses nas negociações de cessar-fogo. A sugestão de que o Hamas se desarmaria com a criação de um Estado Palestino já foi feita outras vezes. Mas é improvável que Israel considere tal cenário.
O país prometeu esmagar o Hamas após os ataques terroristas de 7 de outubro que desencadearam a guerra, e sua liderança atual se opõe à criação de um Estado palestino. Al-Hayya, uma autoridade de alto escalão do Hamas que representou os terroristas do Hamas em negociações para um cessar-fogo e troca de reféns, disse que o grupo terrorista quer se unir à Organização para a Libertação da Palestina, liderada pela facção rival Fatah, para formar um governo unificado para Gaza e a Cisjordânia.
Ele disse que o Hamas aceitaria "um Estado palestino totalmente soberano na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e o retorno dos refugiados palestinos conforme as resoluções internacionais", ao longo das fronteiras de Israel anteriores a 1967, à Guerra dos Seis Dias, quando Israel ocupou mais territórios no Oriente Médio.
Se isso acontecer, disse ele, a ala militar do grupo se dissolverá. "Todas as experiências de pessoas que lutaram contra os ocupantes, quando se tornaram independentes e obtiveram seus direitos e seu Estado, o que essas forças fizeram? Elas se transformaram em partidos políticos e suas forças de Defesa se transformaram no exército nacional", disse ele.
Ao longo dos anos, o Hamas às vezes moderou sua posição pública com relação à possibilidade de um Estado palestino ao lado de Israel. Mas seu programa político ainda oficialmente "rejeita qualquer alternativa à libertação total da Palestina, do rio ao mar" - referindo-se à área que vai do Rio Jordão ao Mar Mediterrâneo, que inclui as terras que hoje constituem Israel. O grupo defende abertamente o extermínio do Estado judeu.
Al-Hayya não disse se sua solução de dois Estados significaria o fim do conflito palestino com Israel ou um passo provisório em direção ao objetivo declarado do grupo de destruir Israel.

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