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Publicada em 26 de Abril de 2024 às 15:05

Incêndio na Pousada Garoa é o segundo com mais vítimas na história de Porto Alegre

Hoje, nova unidade da Renner se encontra no cruzamento onde incêndio ocorreu na década de 70

Hoje, nova unidade da Renner se encontra no cruzamento onde incêndio ocorreu na década de 70

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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João Pedro Flores
O incêndio que ocorreu na madrugada desta sexta-feira (26) matou 10 pessoas que estavam em uma pousada na avenida Farrapos, em Porto Alegre, tem o segundo maior número de vítimas entre as tragédias desse tipo na capital. Completando 48 anos neste sábado (27), o incêndio que atingiu o prédio das Lojas Renner que ficava localizado na esquina entre as ruas Doutor Flores e Otávio Rocha — que hoje conta com uma nova unidade da empresa — tirou a vida de 41 pessoas em 1976 e continua sendo o mais mortal já registrado na cidade.
O incêndio que ocorreu na madrugada desta sexta-feira (26) matou 10 pessoas que estavam em uma pousada na avenida Farrapos, em Porto Alegre, tem o segundo maior número de vítimas entre as tragédias desse tipo na capital. Completando 48 anos neste sábado (27), o incêndio que atingiu o prédio das Lojas Renner que ficava localizado na esquina entre as ruas Doutor Flores e Otávio Rocha — que hoje conta com uma nova unidade da empresa — tirou a vida de 41 pessoas em 1976 e continua sendo o mais mortal já registrado na cidade.
• LEIA MAIS: Contrato com pousada que incendiou havia sido renovado em dezembro do ano passado
A tarde do dia 27 de abril de 1976 havia recém começado quando o depósito de tintas da loja — naquele tempo, a Renner vendia vários tipos de artigos, não somente roupas e acessórios — foi acometido por explosões e deu início ao incêndio. O prédio de nove andares, que, além da loja de departamentos, abrigava outros empreendimentos, como uma barbearia e um restaurante, logo foi tomado pelas chamas, que obrigaram centenas de pessoas a encontrarem uma forma de sair do edifício o mais rápido possível.
Os bombeiros não demoraram a chegar, mas o resgate foi atrapalhado pela grande quantidade de fumaça e falta de hidrantes na região. Enquanto algumas pessoas conseguiam escapar, outras subiam até os andares mais altos para fugir do fogo, que já havia tomado conta dos pisos inferiores. As equipes de resgate se desdobravam para retirar quem estava preso no edifício e coletar água — que veio, em grande parte, do Lago Guaíba, distante do prédio. Dos quatro blocos que formavam o complexo, três não resistiram aos danos estruturais e desabaram.
Apesar de várias pessoas terem sido evacuadas com segurança, o saldo final do incêndio que atingiu o prédio foi de 41 mortos e cerca de 60 feridos, se tornando o maior incidente do tipo na história de Porto Alegre quanto ao número de vítimas. A perícia feita na época indicou que haviam poucos extintores de incêndio no prédio e que a infraestrutura do local gerava grandes riscos, com escadas estreitas e janelas que dificultavam a saída da fumaça, por exemplo. Ninguém foi culpabilizado pelo acontecimento, mas o caso marcou o início de grandes discussões para o desenvolvimento de estratégias de prevenção contra novos incidentes.

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