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Publicada em 17 de Abril de 2024 às 01:25

Investimentos da Amazon no RS geram R$ 568 milhões para o PIB estadual, aponta relatório

Gigante do e-commerce apresentou dados em relatório inédito

Gigante do e-commerce apresentou dados em relatório inédito

/Bárbara Lima/Especial/jc
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
Desde que iniciou suas operações no Rio Grande do Sul, a multinacional de tecnologia Amazon Brasil contribuiu com R$ 568 milhões para o PIB (Produto Interno Bruto) gaúcho. O grupo também gerou mais de 300 empregos diretos e indiretos e impulsionou 3,4 mil empregos em outros setores, como construção civil e logística. No total, a plataforma de marketplace e assinaturas gerou R$ 274 milhões para funcionários ligados à Amazon e fora dela. Os dados são do relatório inédito "De A a Z: Os Impactos da Amazon no Brasil", divulgado ontem no Amazon Conecta, evento para vendedores que acontece até hoje em São Paulo.
Desde que iniciou suas operações no Rio Grande do Sul, a multinacional de tecnologia Amazon Brasil contribuiu com R$ 568 milhões para o PIB (Produto Interno Bruto) gaúcho. O grupo também gerou mais de 300 empregos diretos e indiretos e impulsionou 3,4 mil empregos em outros setores, como construção civil e logística. No total, a plataforma de marketplace e assinaturas gerou R$ 274 milhões para funcionários ligados à Amazon e fora dela. Os dados são do relatório inédito "De A a Z: Os Impactos da Amazon no Brasil", divulgado ontem no Amazon Conecta, evento para vendedores que acontece até hoje em São Paulo.
A Amazon também revelou que investiu R$ 548,3 milhões no Estado. A maior parte do aporte se concentra no Centro de Distribuição (CD) de Nova Santa Rita, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Inaugurado em 2020, o CD tem uma área de 41 mil metros quadrados e, recentemente, se tornou o primeiro centro do País a unir varejo e marketplace em um único local. O sistema já funciona em 21 países e, de acordo com o presidente da multinacional no Brasil, Daniel Mazini, a ideia é expandir esse tipo de operação para mais cinco centros em breve.
"O bom é que isso nivela a qualidade da entrega do varejo e do marketplace. A experiência do vendedor fica muito boa, porque ele armazena os produtos com a Amazon e nós fazemos o restante do processo, como emitir nota, fazer devolução. O sistema corta os custos para o 'seller'. Isso se reflete também numa experiência melhor para o cliente, que recebe as compras mais rapidamente e de forma mais econômica", disse Mazini. O presidente afirmou, ainda, que o centro de Nova Santa Rita já está operando com quase 100% da capacidade e que, apesar de haver espaço interno para aumentar a capacidade de armazenagem com mezaninos, por exemplo, o foco da empresa é a agilidade na rotatividade dos produtos.
Só no Rio Grande do Sul, a Amazon Brasil contabiliza pelo menos dois mil "sellers", os vendedores parceiros. Em todo o País são cerca de 78 mil. Além disso, segundo o relatório, 99% desses vendedores nacionais são de pequenas e médias empresas. Esse é um dos motivos que favorecem a adoção desse sistema de logística em que a Amazon cuida das distribuições, denominado FBA, uma vez que os empreendedores não ficam restritos à vizinhança local e podem vender mais facilmente para outros estados, agilizando os processos. Conforme o relatório, os vendedores que usam a FBA convertem até cinco vez mais do que os que não utilizam.
Outra vantagem é que, no Brasil inteiro, quase 3 mil vendedores já estão exportando para fora com o programa. Apesar de considerar os números positivos, especialmente porque o investimento em logística no País é recente, o presidente da Amazon afirmou que pretende aumentar o número de vendedores parceiros para a casa das centenas de milhares, mas que ainda há desafios, como incluir os empreendedores nas vendas digitais e nas plataformas de venda da Amazon, além de possibilitar mais formas de pagamento aos consumidores.
Conforme o diretor de marketplace da Amazon, Ricardo Garrido, a multinacional vai continuar investindo em estações de entrega na região sul nos próximos anos. Essas estações são centros logísticos menores que os CDs. A empresa também está apostando na entrega final ao consumidor. "Tem sido nosso foco nos últimos dois anos e vai continuar sendo", ponderou.
No Brasil, além do polo de Nova Santa Rita, existem outros nove centros de distribuição e 64 estações de entrega. Em 13 anos de operação nacional, a Amazon divulgou que investiu R$ 33 bilhões e contribuiu para mais de R$ 25 bilhões do PIB brasileiro. Já quando o assunto é trabalho, são 18 mil empregos diretos e indiretos e 165 mil empregos externos. Somando, foram mais de R$ 17 bilhões pagos em salário.
 
 

Foco em tecnologia e sustentabilidade

O presidente da Amazon no Brasil, Daniel Mazini, também destacou que os próximos anos serão de foco total em tecnologia e sustentabilidade. Com a ajuda da inteligência artificial (IA), os consumidores terão assistente de compra e uma visão otimizada das avaliações dos produtos. Além disso, a IA está ajudando os vendedores e a própria Amazon a fazer melhorias nos processos logísticos e nas plataformas.
Na cadeia logística, por exemplo, a tecnologia tem auxiliado na redução de desperdícios de materiais ao indicar tamanhos de caixas mais apropriados e ao apontar de onde e de quem se deve comprar os produtos para determinado tipo de consumidor. "A sustentabilidade e a economia dos custos são uma prioridade. A tecnologia consegue fazer esse trabalho com as informações e nos ajuda a tomar decisões mais assertivas."
Nos próximos dias, um selo com certificado de produto sustentável estará disponível para os vendedores que tenham, comprovadamente, esse tipo de mercadoria. Segundo o presidente, isso agrega valor às compras e tem se tornado uma forma de aumentar as vendas. "Assim como produtos feitos por mulheres, por pequenas e médias empresas, os produtos realmente sustentáveis têm mais conversão. O consumidor final está preocupado com esses temas", afirmou.

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