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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 14 de Abril de 2024 às 20:15

Jornalistas, 'mantenham-se firmes', afirma a presidente do Instituto Palavra Aberta

Patrícia Blanco preside o Instituto Palavra Aberta

Patrícia Blanco preside o Instituto Palavra Aberta

Instituto Palavra Aberta/Divulgação/JC
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No meio desse emaranhado de problemas, de ameaças, na tentativa de intimidar jornalistas, perguntei à presidente do Instituto Palavra Aberta, Patrícia Blanco (foto), qual a sugestão que ela daria aos jornalistas para seguirem adiante e não se dobrarem às intimidações que chegam de todos os lados. "A minha fala para os jornalistas é: mantenham-se firmes, porque o Jornalismo é importante, continuará sendo, principalmente quando a gente tem um ambiente tão polarizado, a gente precisa do jornalismo bem feito, bem apurado, com técnica, seguindo os princípios éticos da profissão, para ajudar a formar a opinião pública."
No meio desse emaranhado de problemas, de ameaças, na tentativa de intimidar jornalistas, perguntei à presidente do Instituto Palavra Aberta, Patrícia Blanco (foto), qual a sugestão que ela daria aos jornalistas para seguirem adiante e não se dobrarem às intimidações que chegam de todos os lados. "A minha fala para os jornalistas é: mantenham-se firmes, porque o Jornalismo é importante, continuará sendo, principalmente quando a gente tem um ambiente tão polarizado, a gente precisa do jornalismo bem feito, bem apurado, com técnica, seguindo os princípios éticos da profissão, para ajudar a formar a opinião pública."
Não dá para delegar
Patrícia Blanco disse à coluna Repórter Brasília, sem meias palavras, que "não dá para a gente delegar, aí eu falo, em termos do jornalismo mesmo, não dá para o jornalista delegar essa função para formadores de opinião, para influenciadores digitais, para políticos", recomendou.
Informação como bem público
"A gente precisa manter firme o propósito de informar", destacou Patrícia Blanco, aconselhando que "se tenha a informação como um bem público, fazendo com que a gente contribua de fato para a sociedade democrática".
Liberdade de imprensa
"O Brasil hoje é um país onde a liberdade de imprensa é garantida pela Constituição. Ela é ampla, você tem uma quantidade de veículos que se apoiam na Constituição", atestou Patrícia Blanco.
Assédio judicial
Na avaliação da presidente do Instituto Palavra Aberta, "o que tem acontecido, e a gente tem visto crescer, são as ações judiciais contra jornalistas ou contra veículos, pedindo, por exemplo, a retirada de conteúdo, indo contra a pessoa física do jornalista". Ela assinalou que "você tem, hoje, uma prática que ficou conhecida como assédio judicial, que é aquela pessoa, aquela autoridade, aquela determinada instituição que não gosta de determinada matéria, acaba entrando com um volume grande de ações, quase todas iguais, principalmente, contra o próprio jornalista".
Jornalistas agredidas
"Um outro fator que tem preocupado em relação à atividade jornalística é a agressão contra profissionais de imprensa, principalmente contra jornalistas mulheres, num linchamento moral nas redes. Alguns profissionais, de veículos maiores, não se amedrontam, outros ficam expostos, sem proteção. Nesse sentido é realmente muito preocupante o que a gente está passando", acentuou Patrícia Blanco.
Embate X com Supremo
No embate entre o dono do X, antigo Twitter, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, Patrícia Blanco defende uma saída institucional: "na medida em que você tem uma legislação brasileira, você precisa cumprir, se você não está de acordo com ela ou com a decisão judicial, você tem que entrar com recursos e debater; mas você não pode não cumprir a legislação no país onde você está".
Tentativas de cerceamento
Blanco finaliza dizendo: "o que a gente tem visto acontecer, nos últimos anos, é um aumento de tentativas de cerceamento às atividades jornalísticas".
 

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