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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 11 de Abril de 2024 às 20:46

Lula sai na defesa do Supremo

Luiz Carlos Busato comentou enfretamento: "dois deuses onipotentes, um da área econômica e o outro da área judiciária"

Luiz Carlos Busato comentou enfretamento: "dois deuses onipotentes, um da área econômica e o outro da área judiciária"

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/JC
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem entrado com força na defesa do Supremo Tribunal Federal contra os ataques do empresário Elon Musk ao ministro Alexandre de Moraes. Sem citar nomes, tem deixado clara a posição do governo sobre o tema, rechaçando a postura do dono do X, antigo Twitter.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem entrado com força na defesa do Supremo Tribunal Federal contra os ataques do empresário Elon Musk ao ministro Alexandre de Moraes. Sem citar nomes, tem deixado clara a posição do governo sobre o tema, rechaçando a postura do dono do X, antigo Twitter.
Xenofobia do extremismo
"O crescimento do extremismo de extrema direita que se dá ao luxo de permitir que o empresário americano, que nunca produziu um pé de capim neste país, ouse falar mal da corte brasileira, dos ministros brasileiros, e do povo brasileiro. Não é possível", disparou Lula, acrescentando que "o mundo vive a xenofobia do extremismo, que é o que está acontecendo com o crescimento do extremismo".
Brasil não pode ficar de joelhos
O deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB) considera que "a provocação de Elon Musk, do X ou do Twitter, que muda de nome, mas a ferramenta é a mesma, não pode ficar sem resposta". O parlamentar argumenta que "o Brasil é um país soberano, tem sua autonomia política, administrativa, é a nona economia do mundo; não pode ficar de joelhos diante de um empresário muito rico que tem apenas o propósito de ganhar dinheiro".
Leis acima de uma relação comercial
Heitor Schuch afirmou que "o empresário pretende que nós façamos o que ele quer, e como quer. Nós temos que ter claro que as nossas leis estão em vigor, estão acima das pessoas, acima das instituições, acima das entidades e acima de uma relação comercial".
Hora de regrar a legislação
No entendimento do deputado, "essa manifestação do Elon Musk agora faz com que o Parlamento perceba que está na hora de regrar a legislação".
Modificações no projeto
Heitor Schuch lembra: "nós tentamos votar no passado, os parlamentares, os movimentos das redes sociais, em especial de direita, não deixaram. Essa é a verdade". O congressista defende que "o projeto do jeito que está talvez tenha que sofrer alguma modificação".
Se o Congresso não faz, o Judiciário faz
Heitor Schuch apontou que "o Congresso precisa ser claro, ou ele faz a lei ou amanhã ou depois, o Judiciário vai fazer o regramento, e aí não adianta chorar".
Difícil saída
Para o deputado federal gaúcho Luiz Carlos Busato (União, foto), "é uma briga de dois deuses onipotentes, um da área econômica e o outro da área judiciária. Não sei onde vai chegar isso, não sei quem leva a pior na situação". Na opinião de Busato, "Musk leva prejuízo financeiro, mas não está nem aí, e o outro entrou num pantanal tão denso que não sabe como sair".
 

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