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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 08 de Abril de 2024 às 19:33

X (ex-Twitter) desafia Supremo

"Não vamos transigir diante de ameaças", afirmou ministro Paulo Pimenta (PT)

"Não vamos transigir diante de ameaças", afirmou ministro Paulo Pimenta (PT)

Globonews/Reprodução/JC
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, reagiu duramente à ameaça do empresário Elon Musk, dono da rede social X (ex-Twitter), por desafiar o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele prometeu reativar contas de bolsonaristas tiradas do ar por determinação do magistrado — em função da disseminação de mentiras e desinformações. Moraes determinou que a conduta do milionário seja investigada em novo inquérito, além de estipular uma multa de R$ 100 mil por dia, por cada conta desbloqueada, caso a decisão da corte não seja cumprida.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, reagiu duramente à ameaça do empresário Elon Musk, dono da rede social X (ex-Twitter), por desafiar o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele prometeu reativar contas de bolsonaristas tiradas do ar por determinação do magistrado — em função da disseminação de mentiras e desinformações. Moraes determinou que a conduta do milionário seja investigada em novo inquérito, além de estipular uma multa de R$ 100 mil por dia, por cada conta desbloqueada, caso a decisão da corte não seja cumprida.
Direita e governistas
Um intenso debate mobilizou as redes sociais nos últimos dias. Se de um lado a extrema direita comemorou os ataques de Musk — como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que classificou-o como "mito da liberdade" —, de outro, governistas se movimentam para apressar a regulação das redes.
Sem meios recados
Como é de seu estilo, sem meios recados, o ministro da Secretaria de Comunicação do governo, Paulo Pimenta (PT, foto), também usou o X para mandar um recado ao bilionário Elon Musk. "Não vamos permitir que ninguém, independentemente do dinheiro e do poder que tenha, afronte nossa Pátria. Não vamos transigir diante de ameaças, e não vamos tolerar impunemente nenhum ato que atente contra a democracia. O Brasil não é a selva da impunidade."
Suspensão dos serviços
Na opinião do Filósofo Pablo Ortellado, professor de Gestão de Políticas Públicas da USP, "há o risco de suspensão do X no Brasil. A situação escalou rapidamente no fim de semana, e eu acredito que se o X descumprir a determinação judicial de manter as contas suspensas, é possível que a Justiça determine a suspensão do serviço".
Falta transparência
"Falta transparência nos dois lados", acentuou o professor da USP, acrescentando que "a ação do X, de Elon Musk, de descumprir ordem judicial é completamente absurda, não se justifica de nenhuma maneira, porém, a discussão que está na base, ela existe, é legítima e também precisa ser feita, obviamente, mas não dessa maneira, descumprindo ordem judicial", avaliou. O certo é que promete muito barulho nas mídias sociais.
Futuro de Chiquinho Brazão
A Câmara dos Deputados vai votar nesta semana o futuro do deputado Chiquinho Brazão, expulso do União Brasil, sobre ficar preso ou não, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018. O relatório que é favorável pela prisão, deve ser votado na Comissão de Constituição e Justiça nesta quarta-feira. A expectativa é que a pauta siga para ser analisada no plenário no mesmo dia.
Maioria absoluta
São necessários 257 votos, maioria absoluta dos deputados e das deputadas, para ser aprovado. Nos bastidores há um movimento liderado pela direita, de votar contra a manutenção da prisão, mas garantir a perda do mandato dele. O argumento do grupo é a imunidade parlamentar. Alega que o crime foi cometido quando Brazão não era deputado federal. Isso poderia abrir precedente para prisões parlamentares. O relator do processo, Darci de Matos (PSD-SC), reconhece que o quórum para aprovar o relatório vem diminuindo.
 

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