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Internacional

- Publicada em 30 de Junho de 2021 às 23:36

Embaixador dos EUA aposta em avanços nas tratativas com o Brasil para Glasgow

Chapman, ao lado do governador Eduardo Leite, abordou o tema da rodada de Glasgow

Chapman, ao lado do governador Eduardo Leite, abordou o tema da rodada de Glasgow


FELIPE DALLA VALLE/PALÁCIO PIRATINI/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
Os Estados Unidos apostam em avanços nas conversas com o Brasil em busca de convergência de  propostas para as discussões que as nações vão travar na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26) em Glasgow, na Escócia, em novembro. 
Os Estados Unidos apostam em avanços nas conversas com o Brasil em busca de convergência de  propostas para as discussões que as nações vão travar na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26) em Glasgow, na Escócia, em novembro. 
A expectativa foi projetada pelo embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, durante sua passagem por Porto Alegre, para assinatura de um termo de cooperação com o governo do Rio Grande do Sul, que também abrange o tópico ambiental e inovação.   
A nova rodada do clima deve colocar no centro de debates, por exemplo, a regulamentação do artigo 6º do Acordo de Paris, para adoção de mecanismos de mercado para mitigar as metas de redução de emissões. Uma possiblidade é um país que precisa atingir as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, da sigla em inglês para Nationally Determined Contributions), mas não consegue com ações internas, fazer a entrega por meio de créditos adquriidos de outros países.
O Brasil, que tem reservas em diversas regiões e ainda a Amazônia, pode ser uma das economias que mais poderá tirar vantagem desse fluxo.  
"Estamos cooperando muito bem com o presidente Jair Bolsonaro para avançar em temas concretos, agora é a preparação do evento em novembro, muito importante dentro do Acordo de Paris, sobre como melhorar a condição em mudanças climáticas", acenou Chapman, ao analisar a saída do ministro Ricardo Salles, da pasta do Meio Ambiente. O embaixador citou acordo ja celebrado com o governo brasileiro. O trabalho segue com o substituto de Salles, ressaltou a autoridade norte-americana.   
"O tema é bastante complexo e importante para o Brasil. A conversa é constante e espírito de amizade para chegar a um entendimento", projetou Chapman.
"O tema do meio ambiente é importante não só ao Brasil e aos Estados Unidos, mas para o mundo."
O Acordo de Paris, firmado no final da 21ª Conferência das Partes (COP21), realizada em Paris, no fim de 2015, firmou o compromisso assumido pelas 195 nações signatárias diante da ameaça global da mudança do clima. O esforço tem como meta manter o aquecimento global abaixo da meta dos 2 graus Celsius ao longo do século 21.
O embaixador ressaltou que a regulamentação do mercado de créditos de carbono entre os países é necessária para avanços emrelação aos dispositivos doartigo 6º.
"Este mercado vai possibilitar muitas oportunidades para o Brasil, não só para a Amazônia, mas para todo o território", atentou Chapman, citando até mesmo o Rio Grande do Sul.
"Tenho falado com muitos governos estaduais e municipais. O governo federal tem muitas reservas, mas os estados emunicípios também. Isso vai oferecer ótimas oportunidades de monetizar a conservação", associou o norte-americano.
O termo de cooperação com o governo gaúcho também pretende tocar em itens que estão na agenda das mudanças climáticas, como impulsionar a ampliação no uso de energias renováveis e novas tecnologias 
O Estado tem interesse especialmente em ser uma base de produção, por exemplo, de veículos elétricos, pois tem uma das duas fábricas da norte-americana General Motors (GM) no Brasil. A vantagem da unidade gaúcha é que é uma das plataformas globais da companhia e considerada uma das mais produtivas. Mas o comando da GM no Brasil condiciona a virada de chave ao surgimento de uma política pública de incentivo mais robusta.    
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