O operador do MDB M�rio Miranda confessou crimes e deixou � disposi��o da Justi�a US$ 7,2 milh�es em valores repatriados - montante oriundo, segundo ele pr�prio disse, de pr�ticas il�citas em contratos da Petrobras. Sob sigilo, as declara��es de Miranda foram registradas pela for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato na quarta-feira passada.

O depoimento envolve contrato que, segundo a Odebrecht e os investigadores, beneficiou o MDB em 2010, em suposto acerto com pol�ticos da c�pula do partido, dentro do escrit�rio de Michel Temer (MDB) em S�o Paulo. O termo foi assinado ap�s a pris�o de Miranda na 51� fase da Lava Jato, que mira supostas propinas em benef�cio do partido.

A defesa de Miranda � constitu�da pelo advogado Ant�nio Figueiredo Basto, um dos maiores especialistas em dela��o premiada do Pa�s. Pioneiro e respons�vel por acordos de importantes delatores, como o doleiro L�cio Funaro e o dono da UTC, Ricardo Pessoa, ele tamb�m � citado em dela��es. O Estado de S. Paulo revelou no s�bado que os doleiros Vin�cius Claret e Cl�udio de Souza, citaram suposto pedido do advogado por uma "taxa de prote��o" de US$ 50 mil em troca de benef�cios junto �s autoridades respons�veis pelas investiga��es. O advogado nega.

Em janeiro deste ano, Miranda voltou a encaminhar, por meio de sua defesa, of�cio � for�a-tarefa declarando que estaria a disposi��o para colaborar e para os tr�mites relativos � devolu��o de valores decorrentes de crimes. No entanto, ele acabou preso. Para os procuradores, h� "contas secretas ainda mantidas no exterior e que n�o tiveram saldos sequestrados", como a offshore Fairfamily Foundation, mantida nas Bahamas. De acordo com o advogado, Miranda "respondeu a todas as perguntas e enfrentou as apontadas omiss�es que segundo o Minist�rio P�blico Federal justificaram a pris�o preventiva".