A Guatemala se torna o segundo país, depois dos Estados Unidos, a transferir a embaixada em Israel para Jerusalém. A inauguração contou com uma cerimônia com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se encontra com o presidente guatemalteco, Jimmy Morales, nesta quarta-feira (16). Na segunda-feira (14), aconteceu a inauguração da nova embaixada norte-americana, enquanto forças de segurança israelenses reprimiam protestos dos palestinos na Faixa de Gaza. Mais de 50 pessoas foram mortas e mil feridas. Tanto Israel quanto os Estados Unidos foram duramente criticados pelo excessivo uso de violência.
O próximo país a transferir uma embaixada para Jerusálem é o Paraguai. No entanto, a decisão do atual presidente, Horácio Cartes, pode ser revista por seu sucessor, o governista Mario Abdo Benítez, que tomará posse no dia 15 de agosto. Benítez disse que não foi consultado por Cartes. "Israel é um país amigo do Paraguai", afirmou. Mas, ainda assim, o presidente eleito acha que a decisão de mudar a embaixada é uma questão diplomática, que precisa ser analisada com muita maturidade. Segundo a imprensa israelense, o presidente paraguaio desembarcará no dia 21 para abrir a nova embaixada do país. Honduras também apoia essa posição.
A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de unilateralmente reconhecer Jerusalém como capital de Israel foi criticada pela maioria da comunidade internacional. Muitos países entre eles o Brasil argumentam que o status da cidade sagrada só pode ser determinado por um acordo de paz entre israelenses e palestinos. Os dois povos estão em guerra há 70 anos, desde a criação do Estado de Israel, em 14 de maio de 1948, uma data que os palestinos batizaram de Dia da Catástrofe, porque resultou na expulsão de 700 mil árabes de um território que, até então, era colônia britânica.