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Internacional

- Publicada em 14 de Maio de 2018 às 09:51

Protesto na faixa de Gaza termina em confronto e deixa palestinos mortos

Segundo as autoridades palestinas, ao menos 500 pessoas ficaram feridas

Segundo as autoridades palestinas, ao menos 500 pessoas ficaram feridas


MOHAMMED ABED/AFP/JC
Milhares de pessoas participaram de uma manifestação nesta segunda-feira (14) na fronteira entre a faixa de Gaza e Israel. Ao menos 37 palestinos morreram após tropas israelenses abrirem fogo contra o ato, que protestava contra a mudança da embaixada americana para Jerusalém.
Milhares de pessoas participaram de uma manifestação nesta segunda-feira (14) na fronteira entre a faixa de Gaza e Israel. Ao menos 37 palestinos morreram após tropas israelenses abrirem fogo contra o ato, que protestava contra a mudança da embaixada americana para Jerusalém.
Segundo as autoridades palestinas, outras 500 pessoas ficaram feridas, sendo 200 por tiros de armas de fogo. Não há informações sobre vítimas israelenses.
Com isso, este é até o momento o segundo dia mais violento desde que os palestinos iniciaram uma onda semanal de protestos há sete semanas -no dia 30 de março, foram 23 mortos e mais de mil feridos. Ao todo, já são 61 mortos no período.
Chamados de "a grande marcha de retorno", os atos tem como principal alvo o aniversário de 70 anos da fundação de Israel, que ocorre nesta segunda de acordo com o calendário gregoriano. Ele será comemorado em Jerusalém exatamente com a transferência da embaixada americana para a cidade.
Os palestinos chamam a data de "Nakba" (a tragédia), e planejaram um grande protesto na terça (15).
Os protestos são apoiados pelo Hamas, um grupo radical islâmico que é considerado terrorista por Tel Aviv e Washington. A facção controla a faixa de Gaza, que por isso é alvo de um bloqueio de Israel e do Egito.
Nesta segunda, alto-falantes foram usados nas mesquitas para convocar os palestinos a se juntarem ao ato, que seguiu o roteiro dos anteriores. Ele começou de forma pacífica, com os manifestantes se reunindo próximos da fronteira entre a faixa de Gaza e Israel, mas logo descambou em violência quando grupos menores tentaram furar a cerca que delimita a divisa.
As tropas israelenses responderam abrindo fogo nos manifestantes, que começaram então a queimar pneus e a jogar pedras nos soldados.
O governo israelense disse que tomou todas as medidas para impedir que o ato atrapalhe as festividades pela mudança da embaixada.
"Minha recomendação para os moradores de Gaza: não fiquem cegos por Sinwar (o líder do Hamas), que está mandando suas crianças para se sacrificarem sem utilidade. Nós vamos defender nossos cidadãos de todas as maneiras e não vamos permitir que a fronteira seja cruzada", disse o ministro da Defesa israelense,Avigdor Lieberman.
Já o premiê palestino Rami Hamdallah criticou a a decisão de fazer a mudança de embaixada na véspera da "Nakba". "Escolher um dia trágico na história palestina mostra uma grande insensibilidade e desrespeito pelos princípios centrais do processo de paz", disse ele.
Embora Jerusalém seja oficialmente a capital de Israel, a maior parte da comunidade internacional mantém suas embaixadas em Tel Aviv e defende que o futuro da cidade deve fazer parte das negociações de paz entre israelenses e palestinos.
O presidente americano Donald Trump, porém, rompeu com essa tradição e anunciou em dezembro que faria a mudança da embaixada para Jerusalém, decisão que foi alvo de críticas não só dos líderes palestinos, mas também de diversos aliados europeus e da Rússia, para quem a transferência pode intensificar a violência na região.
Folhapress
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