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- Publicada em 13 de Maio de 2018 às 21:39

Rio Grande do Sul terá um só número de emergência

Unificação de ao menos 12 números deve facilitar a vida dos cidadãos e gerar economia aos cofres públicos

Unificação de ao menos 12 números deve facilitar a vida dos cidadãos e gerar economia aos cofres públicos


/ANTONIO PAZ/ARQUIVO/JC
Isabella Sander
Qual o número de emergência do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)? E o do Corpo de Bombeiros? E, pior, o da Polícia Rodoviária Federal? Grande parte da população não lembra dos, pelo menos, 12 números de emergência existentes no Brasil, e apela para o 190, telefone da Polícia Militar, para buscar atendimento. A partir da primeira discagem, o usuário acaba orientado, em muitos casos, a ligar para outro serviço. Essa peregrinação, porém, deve ter fim em breve, uma vez que o Estado pretende unificar os atendimentos em uma só central e, posteriormente, ter apenas um número de emergência.
Qual o número de emergência do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)? E o do Corpo de Bombeiros? E, pior, o da Polícia Rodoviária Federal? Grande parte da população não lembra dos, pelo menos, 12 números de emergência existentes no Brasil, e apela para o 190, telefone da Polícia Militar, para buscar atendimento. A partir da primeira discagem, o usuário acaba orientado, em muitos casos, a ligar para outro serviço. Essa peregrinação, porém, deve ter fim em breve, uma vez que o Estado pretende unificar os atendimentos em uma só central e, posteriormente, ter apenas um número de emergência.
Segundo o tenente-coronel Alexandre Augusto Aragon, coordenador do Sistema de Segurança Integrada com os Municípios (SIM), a ideia teve início em 2010, quando uma equipe brasileira foi destacada para estudar os modelos internacionais de chamadas de emergência, com vista a qualificar o atendimento durante a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Nos Estados Unidos e no Canadá, o telefone é um só: 911. Em todos os países da União Europeia, o número é o 112. "Aqui no Brasil, temos no mínimo 12 números de emergência, o que confunde o cidadão e onera os cofres públicos, porque o cidadão liga para mais de um telefone e duas ou três equipes diferentes podem acabar parando no mesmo local", relata.
Durante a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, os órgãos de atendimento a emergências tiveram a missão de centralizar os serviços para estrangeiros. Quando um indivíduo discava 911 ou 112, por exemplo, a ligação caía no 190, para assegurar que a emergência seria notificada. "Se a gente conseguiu facilitar a vida dos estrangeiros, por que não facilitar a dos brasileiros?", questiona o tenente-coronel.
O primeiro desafio foi a vaidade dos trabalhadores desses serviços, que gostam de ter seus próprios números de emergência, com suas próprias informações. Nos Estados Unidos, a vaidade foi encarada com a crise do atentado terrorista de 11 de setembro de 2001. No Brasil, a oportunidade se deu com a Copa. Porém, encerrado o evento, o projeto de centralização do controle foi abandonado. "Hoje, o Rio Grande do Sul é pioneiro em reativar esse projeto e troncalizar os chamados em um número só", informa Aragon.
Inicialmente, o cidadão ligará para o número para o qual está acostumado e a chamada cairá em um lugar só, que dará resposta seja para chamadas sobre incêndios, problemas de saúde, assaltos ou acidentes de trânsito, entre outros. Depois de três ou quatro anos, período de adaptação, apenas um dos números de emergência será mantido.
O momento, agora, é de elaboração de um protocolo de atuações, a fim de definir quem atenderá cada ocorrência na sala de operações. Serão montadas centrais regionais, que prestarão atendimento para os municípios de cada região. Bento Gonçalves, por exemplo, já possui uma central, que integrará o videomonitoramento e o recebimento de chamadas de emergência de 16 cidades próximas. O mesmo acontecerá em Gramado, e assim por diante, abrangendo todos os 497 municípios do Estado. Porto Alegre terá sua central, já existente, usada como retaguarda para atendimentos a ocorrências de maior proporção.
Apesar de o projeto parecer grandioso, Aragon garante que não levará muito tempo para ser implementado. "Não quero dar prazo, mas não vai demorar, porque é muito simples. Precisamos concluir o desenho do protocolo. Trezentos municípios já aderiram ao SIM, precisamos ver quem mais vai aderir e reestudar o caso dos que não almejam adesão", enumera. O coordenador do sistema relata que a sua equipe começou o projeto do zero em fevereiro, e tem avançado rapidamente nas etapas necessárias. "Os norte-americanos levaram quatro anos para desenhar o protocolo, e nós estamos esgotando essa etapa em três semanas", afirma.
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