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- Publicada em 09 de Maio de 2018 às 22:38

Porto Alegre adere a sistema nacional de informações

Para Marchezan, tecnologia trará a qualificação de estruturas municipais

Para Marchezan, tecnologia trará a qualificação de estruturas municipais


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Isabella Sander
Está em fase de implantação e capacitação de servidores um sistema que permitirá a integração entre dados e ocorrências de Porto Alegre e do restante do Brasil. A previsão é que em 15 dias o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) esteja funcionando. A adesão é gratuita e permitirá a elaboração de dados estatísticos de segurança pública na cidade e melhor organização das ações da Guarda Municipal, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
Está em fase de implantação e capacitação de servidores um sistema que permitirá a integração entre dados e ocorrências de Porto Alegre e do restante do Brasil. A previsão é que em 15 dias o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) esteja funcionando. A adesão é gratuita e permitirá a elaboração de dados estatísticos de segurança pública na cidade e melhor organização das ações da Guarda Municipal, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
Porto Alegre é o primeiro município a aderir ao Sinesp - até então, apenas órgãos estaduais tinham adotado o sistema. No Rio Grande do Sul, a Brigada Militar está usando a ferramenta em projeto-piloto em Bento Gonçalves, onde a intenção é criar uma espécie de centro de comando e controle regional, que reunirá os diferentes atendimentos a emergências em um só lugar. Com isso, será possível ligar, por exemplo, para o telefone 190, da Brigada Militar, e acionar os bombeiros ou o Samu. O mesmo deve acontecer em Porto Alegre, que já conta com o Centro Integrado de Comando (Ceic).
Para o prefeito Nelson Marchezan Júnior, o ganho com a adesão ao Sinesp é fazer parte de um sistema nacional, tendo acesso a informações de nível federal, como cadastro de placas de veículos, pessoas procuradas pela polícia ou desaparecidas, e utilizando esses dados no trabalho da Guarda Municipal. "Hoje, segurança pública é informação e integração, então esse é um grande avanço, que vai qualificar muito as nossas estruturas municipais", afirma.
Atualmente, a prefeitura disponibiliza sua estrutura de telemonitoramento, que conta com 1,2 mil câmeras de vigilância, para o trabalho da Brigada Militar e da Polícia Civil. Os dados utilizados, contudo, são os do município, os quais o próprio prefeito admite ainda serem pobres. "Não há, historicamente, o hábito de a segurança pública ser problema dos municípios, então os dados do Estado são do Estado, que tem alguns instrumentos da prefeitura", explica. Com o novo sistema, tanto a prefeitura como o Estado terão acesso direto a todas as informações do Brasil. Com isso, um indivíduo que cometeu um delito na Bahia, por exemplo, poderá ser identificado em Porto Alegre.
Segundo o comandante da Guarda Municipal, Roben Martins, a corporação está sendo capacitada e deixará de registrar informações no sistema municipal, passando a registrá-las sempre no Sinesp. "Além da segurança, áreas como saúde e assistência social também serão beneficiadas, porque na verdade o sistema vai gerar um grande banco de dados, com o qual será possível estabelecer estratégias de ação", relata.
O secretário municipal de Segurança, Kleber Senisse, ressalta que, com a ferramenta, o Ceic conseguirá integrar análise e inteligência, envolvendo dados da Defesa Civil, da Guarda Municipal, da EPTC e do Samu num só lugar. "Os serviços serão melhor prestados e teremos condições de fazer uma análise do serviço, para promover melhorias."
Conforme o diretor de Ensino, Pesquisa, Análise da Informação e Desenvolvimento Pessoal da Secretaria Nacional de Segurança Pública, Rinaldo de Souza, o Sinesp já é usado em nove estados para questões de polícia judiciária, seis estados para o Cadastro de Atendimentos e Despachos, que é a finalidade adotada por Porto Alegre, e 17 para integração de bases de dados. "Alguns estados nem tinham uma estrutura que gerenciasse esses procedimentos, e hoje usam o Sinesp. É um grande incremento, porque permite que os governos estaduais usem seus recursos para outras coisas, e a tecnologia fica a cargo do governo federal", avalia.
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