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Geral

- Publicada em 09 de Maio de 2018 às 09:07

Ministério Público apura desvio de R$ 1,7 milhão da Carris por ex-funcionário

Dinheiro desviado teria sido usado inclusive para doações de campanhas eleitorais

Dinheiro desviado teria sido usado inclusive para doações de campanhas eleitorais


MPRS/DIVULGAÇÃO/JC
A Companhia Carris Porto-Alegrense foi alvo de operação do Ministério Público nesta quarta-feira (9) para apurar desvio de mais de R$ 1,7 milhão da companhia. Com apoio da Brigada Militar, a ação cumpre mandados de busca e apreensão e sequestro de bens contra um ex-funcionário suspeito de ter cometido o crime.
A Companhia Carris Porto-Alegrense foi alvo de operação do Ministério Público nesta quarta-feira (9) para apurar desvio de mais de R$ 1,7 milhão da companhia. Com apoio da Brigada Militar, a ação cumpre mandados de busca e apreensão e sequestro de bens contra um ex-funcionário suspeito de ter cometido o crime.
De acordo com o MP, ainda em 1996, um ex-funcionário da Carris fez uma carteira de identidade falsa em Santa Catarina em nome de uma pessoa que havia falecido em 1961. Com essa documentação, além de comprar automóveis e abrir contas em bancos, ele figurou como acidentado e beneficiário direto de indenização paga pela Carris, ocasião em que recebeu diretamente mais de R$ 365 mil.
Depois, o falsário passou à condição de advogado, com número de inscrição na OAB de uma pessoa já falecido, de diversas ações indenizatórias em nome de vítimas por ele inventadas. Os cheques de pagamento das indenizações das ações artificiais foram endossados para ele.
Conforme as investigações, coordenadas pelo promotor de Justiça Flávio Duarte, a fraude ocorreu entre agosto de 2015 e janeiro de 2017. A investigação foi instaurada a partir do recebimento de notícia-crime apresentada pela atual administração da Carris sobre os desvios, relativos a pagamentos de acordos e condenações judiciais fictícios, com a utilização de documentos falsos. Em uma das ações, o suposto beneficiário estava morto 12 anos antes de o acidente que gerou a indenização ocorrer. Em outro caso, foi forjado um documento como sendo oriundo do Tribunal de Justiça do Estado, com logotipo, número de processo e nome falsos.
As investigações dão conta que mais de R$ 100 mil foram aplicados apenas em joias. Além disso, os valores das indenizações foram utilizados na compra de veículos, em depósitos para parentes e conhecidos, além de doações para campanhas eleitorais em nome da pessoa falecida em 1961 e por intermédio de terceiros. O MP investiga a participação de outras pessoas que integravam a administração da Carris na época.
O prefeito Nelson Marchezan Júnior comentou a investigação durante evento na manhã de hoje em Porto Alegre. "A orientação da prefeitura foi sempre todas as questões administrativas serem tratadas com rigor, abertas sindicâncias, e o que tem a ver com competências de polícia ou MP são encaminhadas imediatamente. Essa foi a orientação seguida pela diretoria da Carris quando verificou que havia, além de indícios de desvio e problema de gestão, algo que poderia parecer e se notou que é algum crime, foi encaminhado ao MP e o MP cumpriu seu papel. Continua tendo nosso apoio e todos os atos que tiverem alguma necessidade de investigação, o procedimento será o mesmo. Essa foi a orientação do governo desde o início e continuará sendo."
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