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Porto Alegre, quinta-feira, 17 de maio de 2018.

Jornal do Com�rcio

Economia

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Emprego

Not�cia da edi��o impressa de 18/05/2018. Alterada em 17/05 �s 21h30min

Falta trabalho para 27,7 milh�es de pessoas no Pa�s

N�mero de desempregados caiu, mas o de desalentados cresceu

N�mero de desempregados caiu, mas o de desalentados cresceu


/MAURO SCHAEFER/ARQUIVO/JC
A taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui desempregados, pessoas que gostariam de trabalhar mais e aqueles que desistiram de buscar emprego, bateu recorde no primeiro trimestre, chegando a 24,7%, informou o IBGE nesta quinta-feira. Ao todo, são 27,7 milhões de pessoas nessas condições, o maior contingente desde o início da série histórica, em 2012. Desses, 13,7 milhões procuraram emprego mas não encontraram.
O restante são subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego ou desistiram de procurar emprego. Os dados são parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. A taxa de desalento da força de trabalho, que indica as pessoas que desistiram de procurar trabalho, também foi recorde no trimestre, atingindo 4,1%. De acordo com o IBGE, eram 4,6 milhões de pessoas nessa condição, 60,6% delas na região Nordeste.
De acordo com o coordenador de Trabalho e Renda do IBGE, Cimar Azeredo, o aumento nesse grupo pode explicar parte da melhora do emprego no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em março, o desemprego era de 13,1%, ante 13,7% em 2017.
Mas houve crescimento de 1,3 ponto percentual ante o trimestre anterior, frustrando expectativas de recuperação sustentável do mercado de trabalho após três quedas consecutivas em 2017.
Entre os primeiros trimestres de 2017 e de 2018, o número de desempregados caiu em 489 mil pessoas. Já o número de desalentados cresceu em 511 mil pessoas. "A desocupação caiu, sim, mas caiu em função de aumento do desalento e aumento da população desocupada", comentou Azeredo.
Entre os que desistiram de procurar emprego, pretos e pardos são a maioria, representando 73,1% desse contingente. Do total, 23,4% têm entre 18 e 24 anos; e 38,4%, Ensino Fundamental incompleto. Comparando com o primeiro trimestre de 2014, antes do início da crise no mercado de trabalho, a população subutilizada cresceu 73%, ou 11,7 milhões de pessoas. O número de desalentados cresceu 194.9%, ou 3 milhões de pessoas.
No período, o número de desempregados cresceu 94,2%, o que significa que há 6,6 milhões de pessoas a mais procurando emprego no País. Do total de desempregados, 3 milhões de pessoas estão em busca de recolocação há mais de dois anos.
Os dados divulgados nesta quinta pelo IBGE mostram que o desemprego é mais forte na Região Nordeste, onde a taxa chega a 15,9%, e mais fraco no Sul, que tem apenas 8,4% de sua força de trabalho sem emprego. No Rio Grande do Sul, o indicador ficou em 8,5%, enquanto o nível de ocupação encerrou em 57,9%. Na comparação com o quarto trimestre, houve aumento do desemprego em todas as regiões, com maior intensidade no Nordeste, que teve alta de 2,1 pontos percentuais. No Sul, o aumento foi de apenas 0,7 ponto percentual.
Entre os estados, as maiores taxas são de Amapá (21,5%), Bahia (17,9%), Pernambuco (17,7%) e Alagoas (17,7%). As menores, de Santa Catarina (6,5%), Mato Grosso do Sul (8,4%), Rio Grande do Sul (8,4%) e Mato Grosso (9,3%).
Em São Paulo, a taxa de desemprego no trimestre foi de 14%, queda de 0,2 ponto percentual com relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Foi o único estado com perda significativa de vagas com carteira assinada nessa comparação, de 2,5%, ou cerca de 300 mil pessoas.
"Isso é grave, porque o que acontece em São Paulo vai acontecer depois no resto do País", diz Azeredo. No primeiro trimestre, o Brasil atingiu o menor número de trabalhadores com carteira assinada desde 2012.
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N�mero de brasileiros que desistem de procurar trabalho triplicou

Desde o in�cio da crise, triplicou o n�mero de pessoas que gostariam de trabalhar, mas desistiram de buscar uma vaga por acharem que n�o v�o conseguir. O contingente de brasileiros na condi��o de desalento chegou a 4,6 milh�es de pessoas no primeiro trimestre de 2018, ante 1,57 milh�o no primeiro trimestre de 2014. Esse grupo nunca foi t�o grande desde que a Pnad come�ou a ser realizada, em 2012.
O fen�meno de desalento � comum em per�odos de longa crise econ�mica, quando a longa e infrut�fera busca por trabalho provoca des�nimo nas pessoas. O desalentado � aquele que deixou de procurar trabalho porque n�o conseguia uma vaga adequada ou n�o tinha experi�ncia ou qualifica��o; ou era considerado muito jovem ou muito idoso; ou n�o tinha trabalho na localidade que residia.
Como o desemprego � a rela��o entre as pessoas que buscam emprego e o total da for�a de trabalho, o desalento acaba, muitas vezes, ajudando na redu��o da taxa, ainda que n�o tenha havido melhora do mercado de trabalho. E essa influ�ncia ocorreu no primeiro trimestre deste ano, segundo o gerente de Coordena��o de Emprego do IBGE, Cimar Azeredo. Ele diz que a taxa de desemprego do Pa�s s� caiu no primeiro trimestre do ano, para 13,1%, em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado (13,7%), por conta do aumento do desalento e de um maior n�mero de pessoas subocupadas, ou seja, que tinham uma jornada de trabalho reduzida (inferior a 40 horas), mas desejava trabalhar por mais horas.
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