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Economia

- Publicada em 15 de Maio de 2018 às 16:27

Para empresários, desafio é crescer em um ano eleitoral

Diretores do JC, Giovanni e Mércio Tumelero, receberam Petry, Bohn e Gedeão para evento sobre o desenvolvimento econômico do Estado

Diretores do JC, Giovanni e Mércio Tumelero, receberam Petry, Bohn e Gedeão para evento sobre o desenvolvimento econômico do Estado


FOTOS FREDY VIEIRA/JC
Mesmo com perspectiva de crescimento para a economia brasileira em 2018 (o último relatório Focus projeta alta de 2,51% no PIB), o cenário ainda é desafiador para o que resta do ano. O quadro pouco claro das eleições gerais de outubro, por exemplo, deve atrasar a retomada dos investimentos.
Mesmo com perspectiva de crescimento para a economia brasileira em 2018 (o último relatório Focus projeta alta de 2,51% no PIB), o cenário ainda é desafiador para o que resta do ano. O quadro pouco claro das eleições gerais de outubro, por exemplo, deve atrasar a retomada dos investimentos.
Para as federações empresariais gaúchas, as decisões dos empresários ainda continuarão em suspenso até que haja uma definição sobre que rumos o País tomará, vinculando os aportes a governos que combatam o desequilíbrio fiscal e o tamanho do Estado. A análise foi feita ontem por lideranças em painel realizado pelo Jornal do Comércio. O evento abordou o desenvolvimento econômico do Estado e é uma das atividades em comemoração aos 85 anos do JC – o aniversário é no próximo dia 25 de maio.
“O empresário está à espera de definição do quadro político. Antes disso, não muda nada”, argumenta o presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), Gilberto Porcello Petry, que admite ter se surpreendido com o que define como um “compasso de espera” das empresas. “No início, até achei que a eleição não iria afetar tanto, mas vemos agora que está sendo preponderante”, complementa Petry. O motivo, segundo o presidente, é a percepção de falta de segurança sobre os investimentos.
Já o presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio-RS), Luiz Carlos Bohn, vê o cenário como mais preocupante para o ano que vem do que para 2018 em si. “A indefinição do cenário político projeta para 2019 uma total incerteza. Mas 2018, tendo em conta medidas tomadas pela equipe econômica, como o teto dos gastos e a diminuição dos juros e da inflação, nos mostra que será no mínimo razoável, embora não um crescimento forte”, defende Bohn, que não acredita em crescimento acima de 2,8% do PIB para este ano (o último relatório Focus projeta a variação em 2,51%).
No Rio Grande do Sul, um fato que traz esperanças aos empresários para 2019 é o fim da alíquota adicional do ICMS, em vigor desde 2016 e prevista para ser encerrada no fim deste ano. Para Bohn, que afirma ser radicalmente contra um novo aumento, a volta ao patamar de 17% permitirá às empresas uma competição menos dura com outros estados e, assim, voltar a crescer. “O Estado alega que precisa de recursos, mas então que venda uma ou outra estatal para conseguir esses recursos”, defende o presidente da Fecomércio, ressaltando que, sem o adicional, o crescimento econômico garantiria o aumento na arrecadação para o Piratini.
Embora seja talvez o segmento com decisão de produção menos influenciado pelas expectativas políticas, o campo também acompanha o processo eleitoral com atenção. O presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Gedeão Pereira, cita a esperança de que novos governantes surjam com soluções para os problemas do País. “O que precisamos é a diminuição do gigantismo do Estado. Não conseguimos mais carregar nos ombros o Estado que está aí”, argumenta Gedeão, que vê um momento ambíguo para o setor: a alta do dólar faz com que produtores de culturas como soja e milho ganhem mais na venda de seus grãos, mas, ato contínuo, já preocupa para o desenvolvimento da próxima safra. “Isso traz no bojo o crescimento no valor dos insumos, notadamente fertilizantes, óleo diesel e produtos químicos”, explica Gedeão.
Para a indústria, complementa Petry, o impacto do movimento de desvalorização do real ainda não é claro. “Contratos internacionais não são feitos de hoje para amanhã. O que é entregue hoje foi acordado três, quatro meses atrás. Daqui para a frente é que poderá ter reflexo”, afirma o presidente da Fiergs, que vê mais potencial de ganho para setores como o coureiro-calçadista e empresas de implementos rodoviários voltadas à exportação. A situação da Argentina, um dos maiores parceiros comerciais do Rio Grande do Sul e em grave crise financeira e política, também é listada por Petry como possível atenuante para os impactos positivos aos setores exportadores.
Ao longo de uma hora de debates e respostas a perguntas dos editores do Jornal do Comércio, os presidentes de Fiergs, Federasul e Farsul também propuseram temas para uma agenda de desenvolvimento do Rio Grande do Sul, abordando questões como infraestrutura e prioridades da máquina pública. Petry, Bohn, Gedeão foram recebidos pelo diretor-presidente do JC, Mércio Tumelero, e pelo diretor de operações, Giovanni Tumelero.
A cobertura completa do painel será publicada no dia 25 de maio em todas as plataformas do JC e no caderno especial Dia da Indústria, que circulará encartado no Jornal do Comércio no aniversário da publicação.
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 Gilberto Porcello Petry, Luiz Carlos Bohn e Gedeão Pereira discutiram a conjuntura econômica no encontro

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