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Economia

- Publicada em 13 de Maio de 2018 às 21:33

Taxa Selic deve ter última queda deste ciclo

Especialistas acreditam que o Banco Central irá anunciar nova redução da taxa, hoje em 6,5% ao ano

Especialistas acreditam que o Banco Central irá anunciar nova redução da taxa, hoje em 6,5% ao ano


/CHARLES SHOLL/FUTURA PRESS/AE/JC
Com a inflação baixa, o mercado financeiro espera pelo último corte na taxa básica de juros (Selic) no atual ciclo de redução, na próxima quarta-feira. A terceira reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), começa amanhã e segue até o dia seguinte, quando será anunciada a taxa Selic.
Com a inflação baixa, o mercado financeiro espera pelo último corte na taxa básica de juros (Selic) no atual ciclo de redução, na próxima quarta-feira. A terceira reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), começa amanhã e segue até o dia seguinte, quando será anunciada a taxa Selic.
Em março, o Copom reduziu a Selic pela décima segunda vez seguida, de 6,75% ao ano para 6,5% ao ano, o menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.
Na última reunião do Copom, o BC sinalizou que faria mais uma redução da Selic em maio e encerraria os cortes na taxa. O economista sênior da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto, acredita que a taxa Selic terá mais um corte de 0,25 ponto percentual, nesta reunião, como indicado pelo BC em março. "Continuamos com a expectativa de mais uma queda de 0,25 ponto percentual, que vai ser a última, nesse nosso cenário. A situação ainda é confortável do ponto de vista da inflação", disse Campos.
Campos citou que o índice de inflação está em patamar baixo, com recuos disseminados entre os setores e "desaceleração forte" no segmento de serviços. "Além disso, as expectativas continuam bem ancoradas, inclusive abaixo das metas, tanto para este ano, como para 2019. Isso dá condições para que o Banco Central confirme a sinalização que tinha dado na reunião passada de que promoveria mais um corte na reunião de maio", acrescentou.
Ao definir a taxa Selic, o BC está mirando na meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. De acordo com pesquisa do BC a instituições financeiras, a inflação deve fechar 2018 em 3,49% e 2019 em 4,03%.
Na última quinta-feira, dia 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 0,92% no resultado acumulado de janeiro a abril, a menor taxa para o período desde a implantação do Plano Real, em 1994.
Para Campos, a recente alta do dólar, que chegou a R$ 3,60, na sexta-feira, dia 11, gera um efeito "um pouco menor do que normalmente observado" na inflação. Isso porque a economia ainda está em recuperação "lenta", o que evita alta dos preços. "A ociosidade na economia, principalmente no mercado de trabalho, minimiza o tamanho do repasse (da alta do dólar para os preços). O repasse existe, mas não o suficiente para mudar a inflação, este ano, bem abaixo da meta e em 2019, com perspectiva de inflação ligeiramente abaixo da meta", destacou.
"O câmbio é sempre um risco. Não só pode ser uma alta duradoura, como pode se intensificar dependendo do quadro político-eleitoral. A inflação tende a continuar baixa, sim. É claro que um estouro do câmbio lá na frente pode ter um efeito um pouco maior. Mas por enquanto é um cenário bastante confortável. Não é essa pressão atual (de alta do dólar) que levaria o Banco Central a mudar de ideia", disse Campos.
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