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Economia

- Publicada em 10 de Maio de 2018 às 22:04

Ministro argentino se reúne com direção do FMI

Dujovne e Lagarde discutiram empréstimo 'stand-by' para Argentina

Dujovne e Lagarde discutiram empréstimo 'stand-by' para Argentina


/NICHOLAS KAMM/AFP/JC
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou, nesta quinta-feira, que a instituição está "preparada para seguir respaldando" o governo da Argentina. Lagarde se encontrou, nesta quinta-feira, com o ministro da Fazenda argentino, Nicolás Dujovne, que negocia um empréstimo do fundo para o país - o primeiro em 15 anos.
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou, nesta quinta-feira, que a instituição está "preparada para seguir respaldando" o governo da Argentina. Lagarde se encontrou, nesta quinta-feira, com o ministro da Fazenda argentino, Nicolás Dujovne, que negocia um empréstimo do fundo para o país - o primeiro em 15 anos.
Em uma reunião em Washington, os dois concordaram em trabalhar por um financiamento do tipo "stand-by", o clássico socorro do FMI a países com dificuldades econômicas. Os valores não foram acertados: as negociações continuam em andamento e devem durar algumas semanas. O financiamento também precisa ser aprovado pela diretoria do FMI.
Segundo Dujovne, a modalidade stand-by tem "a flexibilidade necessária para cumprir o objetivo" do governo, que é fortalecer a liquidez da economia. A Argentina passa por uma crise cambial, com forte desvalorização do peso nos últimos dias - além de conviver com uma inflação na casa dos 20% e um rombo nas contas públicas.
Para Lagarde, é um quadro de "renovada e significativa volatilidade no mercado financeiro". Um empréstimo do tipo stand-by de acesso elevado, como o negociado pela Argentina, pode atingir um montante significativo, muito acima da cota do país no FMI, que é de US$ 4,5 bilhões.
Ao mesmo tempo, o dinheiro não precisa necessariamente ser sacado, servindo como um "colchão" para melhorar os indicadores econômicos e a confiança do mercado.
Em meio a duras críticas ao pedido de ajuda do governo argentino ao FMI, a Câmara de Deputados do país, de maioria opositora, aprovou, em meia-sanção - significa que a legislação passa agora ao Senado, também opositor -, o projeto de lei que busca limitar os aumentos de tarifas.
Os chamados "tarifaços" têm sido realizados pelo governo desde que Mauricio Macri assumiu a presidência, em 2015, para cortar gastos sociais, retirando gradualmente os generosos subsídios do kirchnerismo (2003-2015). São, porém, altamente impopulares. A votação da última madrugada ocorreu em meio a protestos do lado de fora do Congresso.
A oposição saiu vencedora, por 133 votos contra 94, e rejeitou o aumento que chegaria a 40% em tarifas de gás, eletricidade e luz. A tensão agora se volta para o Executivo, pois Mauricio Macri já indicou que vetará o projeto, mesmo se for aprovado pelas duas câmaras.
Se isso ocorrer, a tensão entre Executivo e Congresso tende a se elevar, tendo havido, nas últimas semanas, o abandono da aliança governista Cambiemos de parte dos deputados da União Cívica Radical, principal partido da base de apoio de Macri.
A pressão do lado de fora do Congresso se estendeu durante a noite, e apoiadores dos partidos de esquerda preparam novos atos se Macri vetar a lei de aumentos.
Algo parecido aconteceu no primeiro tarifaço, em 2016, quando o caso foi levado à Suprema Corte, e o governo teve de baixar o teto do aumento pretendido, que chagava a quase 1.000% em alguns casos.
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