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Economia

- Publicada em 09 de Maio de 2018 às 16:15

'Brasileiro agradece pouco, lamenta muito e terceiriza a culpa', diz catador de sonhos

Geraldo Rufino participou do Tá na Mesa da Federasul nesta quarta

Geraldo Rufino participou do Tá na Mesa da Federasul nesta quarta


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Paulo Egídio
O Brasil é o melhor país do mundo e o problema dos brasileiros é a “falta de gratidão” e a “terceirização” dos problemas. Esse é o ponto de vista de Geraldo Rufino, empresário conhecido como “catador de sonhos” por ter como um dos primeiros empregos a reciclagem de latinhas e hoje ser proprietário de uma empresa de desmanche de caminhões que tem receita bruta anual próxima aos R$ 50 milhões.
O Brasil é o melhor país do mundo e o problema dos brasileiros é a “falta de gratidão” e a “terceirização” dos problemas. Esse é o ponto de vista de Geraldo Rufino, empresário conhecido como “catador de sonhos” por ter como um dos primeiros empregos a reciclagem de latinhas e hoje ser proprietário de uma empresa de desmanche de caminhões que tem receita bruta anual próxima aos R$ 50 milhões.
O empreendedor palestrou nesta quarta-feira (9) no Tá na Mesa, realizado pela Federasul. Antes do evento, em entrevista coletiva, Rufino afirmou que o brasileiro “agradece pouco, lamenta muito e terceiriza a culpa” pelos insucessos. “Pobreza vem do pensamento. É um estado de espírito, porque a condição material você pode mudar”.
O mineiro, de 59 anos, se mudou ainda criança com os pais e sete irmãos para a favela do Sapê, na zona oeste de São Paulo – que, segundo ele, é um lugar “cheio de empreendedores e trabalhadores”. “Mamãe sempre me ensinou que, independentemente da condição, quem deve estar disposto a mudar é você. Se tiver disposição de trabalhar, neste País, só passa fome quem quiser”, garante.
Rufino diz que já era otimista desde os tempos da pobreza. “Minha vida não é boa porque arrumei alguns trocados. Ela é boa lá de trás”. Em uma metáfora sobre o País, ele apontou que as pessoas “olham para as fezes e esquecem do cavalo”. “Nosso cavalo (Brasil) está prontinho, arreado, selado, fortíssimo e gigante”, exalta.
Segundo o “catador de sonhos”, o primeiro passo para aqueles que querem começar um negócio e não possuem capital é arrumar um emprego. “Empreender é um jeito de pensar. Tem que empreender no CNPJ do outro. Se já começar pensado em CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), não vai crescer. Você tem 24 horas por dia e só quer trabalhar oito?”, desafiou o empresário, alegando que a igualdade “se busca através a produtividade”.
Na entrevista, Geraldo Rufino também criticou a visão estigmatizada sobre os afrodescendentes. “Tem gente até hoje achando que o negro é descendente de escravos, mas o negro é do continente africano. Não é escravo. Não é vítima”. Para ele, iniciativas como o dia da Consciência Negra são “um jeito de continuar convencendo a pessoa de que ela é menor".
Rufino ainda se mostrou contrário às políticas de cotas raciais, ao assistencialismo e à noção de que a mulher é mais frágil que o homem. “Se você começa a acreditar nisso, não sai do lugar. Não posso achar que o cara de Harvard é mais inteligente que o cara daqui, da escola pública. Quem falou isso?”, questionou.

Apoio a Flávio Rocha

Na visão de Rufino, o governo deve “parar de atrapalhar” o cidadão, através da diminuição da burocracia e do fortalecimento do empreendedorismo. No entanto, ele não atribuiu à classe política a má situação do país “É culpa nossa, da omissão dos que se dizem bons”, salientou.
Atual presidente do Movimento Brasil 200, grupo criado por empresários e liderado pelo dono das lojas Riachuelo e pré-candidato à presidência Flávio Rocha (PRB), Rufino diz que a iniciativa “tenta levar às periferias noções de motivação e empreendedorismo”.
Apesar de não cogitar disputar algum cargo nas eleições de outubro, ele diz que apoia a candidatura de Rocha ou de um candidato que defenda os mesmos princípios. “Sou 100% Flávio ou alguém que faça o que ele faz. É um cara que gera 50 mil empregos e tem interesse no País. O brasileiro só precisa de trabalho, o resto sabemos fazer.”
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