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Repórter Brasília

- Publicada em 21 de Maio de 2018 às 23:00

Candidatos militares

O movimento eleitoral liderado pelo general Augusto Heleno para formar uma frente parlamentar militar está fazendo água. Com recursos minguados dos pequenos partidos, onde se abrigam a maior parte dos 71 candidatos oriundos das Forças Armadas, a divisão do bolo deve privilegiar a candidatura presidencial do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Sem dinheiro, é difícil eleger políticos desconhecidos. Com candidatos indicados em todos os estados, menos o Acre, os oficiais da reserva pretendem constituir um bloco pluripartidário para atuar no Congresso na próxima legislatura. A maior expressão gaúcha nesse grupo é o general de exército Antônio Hamilton Mourão.
O movimento eleitoral liderado pelo general Augusto Heleno para formar uma frente parlamentar militar está fazendo água. Com recursos minguados dos pequenos partidos, onde se abrigam a maior parte dos 71 candidatos oriundos das Forças Armadas, a divisão do bolo deve privilegiar a candidatura presidencial do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Sem dinheiro, é difícil eleger políticos desconhecidos. Com candidatos indicados em todos os estados, menos o Acre, os oficiais da reserva pretendem constituir um bloco pluripartidário para atuar no Congresso na próxima legislatura. A maior expressão gaúcha nesse grupo é o general de exército Antônio Hamilton Mourão.
Divisão do bolo
A ducha de água fria no entusiasmo dos pré-candidatos militares veio neste fim de semana, em Natal. Candidato do PSL - a legenda base do projeto -, Bolsonaro deu o tom da divisão do bolo do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas, o chamado "fundão", de seu partido nas próximas eleições: os diretórios regionais não devem esperar desembolsos da direção nacional para financiar as campanhas nos estados. Cada qual que se vire. Bolsonaro esteve no estado para a organização da pré-candidatura ao governo do Estado do general de brigada Eliezer Girão Monteiro Filho, ex-secretário de Segurança do Rio Grande do Norte, que está sendo lançado candidato pelo segmento militar do PSL, legenda recentemente absorvida pela candidatura de Bolsonaro.
Recursos do 'fundão'
Segundo o presidente nacional do PSL, o advogado Gustavo Bebiano, o partido e seus candidatos deverão rejeitar os recursos do "fundão" para suas campanhas. Com oito deputados federais, o partido teria direito a uma parcela entre R$ 3 milhões e R$ 10 milhões. Esses valores são uma fatia mínima do bolo geral, de mais de R$ 2 bilhões. Em Natal, Bolsonaro justificou-se dizendo que votou contra o projeto do "fundão" na Câmara. No entanto observadores dizem que essa quantia é tão pequena que não daria para cobrir minimamente a demanda de recursos de uma campanha presidencial de um candidato de grosso calibre, como é o caso do capitão-candidato. Melhor recursar e denunciar. Na semana retrasada, um grupo numeroso de militares da reserva das três forças federais, Exército, Marinha e Aeronáutica, reuniu-se em Brasília para se articular nacionalmente para participar do processo eleitoral.
Bancada corporativa
O movimento dos militares é corporativo, apartidário, com oferta de nomes a todas as legendas. O objetivo é formar um bloco parlamentar, uma bancada corporativa, a exemplo de outros segmentos pluripartidários, como as chamadas bancadas evangélica, ruralista, da segurança (integrada por delegados e policiais militares) e outras. O movimento dos militares em direção às urnas está sendo encarado como um fato positivo. A opção pelo embate eleitoral é um dado concreto que contribui para descontrair o nervoso e temeroso ambiente político.
 
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