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Repórter Brasília

- Publicada em 10 de Maio de 2018 às 15:07

Os votos de Joaquim

Joaquim Barbosa

Joaquim Barbosa


EVARISTO SÁ/AFP/Arquivo/JC
Os cálculos e as projeções para os candidatos ao Palácio do Planalto continuam aquecendo, cada vez mais, as conversas de políticos e eleitores. O anúncio do ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa (PSB) de que não seria candidato à presidência da República leva os partidos a disputarem, com intensidade, os 14 milhões de votos que o candidato, conhecido como implacável relator do mensalão, já reunia - 10% da preferência dos eleitores. Barbosa, ao se filiar, tinha dado uma sinalização de que realmente seria candidato. E aí o que se tem hoje no cenário do PSB é uma divisão buscando acertar o rumo. Para isso precisa de tempo. 
Os cálculos e as projeções para os candidatos ao Palácio do Planalto continuam aquecendo, cada vez mais, as conversas de políticos e eleitores. O anúncio do ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa (PSB) de que não seria candidato à presidência da República leva os partidos a disputarem, com intensidade, os 14 milhões de votos que o candidato, conhecido como implacável relator do mensalão, já reunia - 10% da preferência dos eleitores. Barbosa, ao se filiar, tinha dado uma sinalização de que realmente seria candidato. E aí o que se tem hoje no cenário do PSB é uma divisão buscando acertar o rumo. Para isso precisa de tempo. 
Hora da reflexão
No PSB, em reunião dos parlamentares e lideranças do partido, após o anúncio de Joaquim Barbosa de que não participaria do pleito como candidato, ficou clara a divisão de opiniões. O deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB) afirmou que os deputados, em reunião, concluíram que o momento é de reflexão interna. Ele disse que, se o partido for discutir isso hoje, existem três grupos com maior potencial: um que vem de São Paulo, por questões locais querendo abraçar o Geraldo Alckmin (PSDB); o pessoal do Espírito Santo, do Ceará e Pernambuco tem uma afinidade muito grande com o Ciro Gomes (PDT); e o terceiro grupo, que defende o apoio à candidatura de Marina Silva (Rede) ou candidatura própria.
Baixar a poeira
A decisão do partido, revelou Heitor Schuch, "é deixar a poeira baixar um pouco e ver como é que as coisas vão se movimentar. Hoje, se alguém escrever ou anunciar que o PSB vai ficar com esse ou aquele, o partido não chancela isso". Enfim, como disse um parlamentar: o cavalo passou encilhado, e o outsider, em meio aos políticos profissionais, não montou, e quem sabe perdeu uma grande oportunidade. Os caciques do PSB nos estados lamentaram a desistência de Joaquim Barbosa. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), assinalou que o ex-ministro, mesmo não participando, pelos valores que representa, tem uma contribuição importante no processo eleitoral.
Liberar nos estados
Hoje, com os episódios novos que surgiram, a tendência no PSB é de liberar nos estados as alianças regionais sem um compromisso, um vínculo nacional. Na realidade, a essa altura do campeonato, o que comentam os caciques do PSB é que o golpe foi grande e deixa algumas sequelas. Agora, o foco é a otimização das bancadas do partido na Câmara dos Deputados e os projetos estaduais.
Benefícios a Bolsonaro
Quanto ao impacto da saída de Barbosa na candidatura de Jair Bolsonaro (PSL-RJ), Mauro Paulino acredita que não será grande. "Apenas um impacto matemático, aritmético na divisão desses 10%, eu diria que mais ou menos por igual entre as candidaturas".
Rejeição recorde
Segundo mostram as pesquisas, há uma rejeição recorde aos políticos em geral, e essa tem que ser uma grande mobilização para todos os candidatos. O convencimento do eleitor vai ser muito mais difícil nesta eleição do que em outras. "Caminhamos para um cenário em que pelo menos três ou quatro candidatos terão chances de seguir para o segundo turno."
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