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Porto Alegre, segunda-feira, 21 de maio de 2018.

Jornal do Com�rcio

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Marco A. Birnfeld

Espa�o Vital

Not�cia da edi��o impressa de 22/05/2018. Alterada em 21/05 �s 22h14min

Indulto para Lula?

Um diz que diz extraoficial no Conselho Federal da OAB deixou muita gente de olhos arregalados ontem, em Brasília. É que a "rádio-corredor" dali irradiou que "Ciro Gomes (PDT) teria se comprometido - se vier a ser eleito presidente da República - a indultar Lula (PT)". O decreto seria baixado no dia 2 de janeiro de 2019.
O pré-candidato do PDT apressou-se, porém, em desmentir e enviar cópias de pronunciamentos anteriores. "Seria uma loucura prometer indulto a Lula, e além disso ele me mandaria à PQP." Há controvérsias, porém.
O inegável é que, em agosto de 2016, quando Lula recém era réu da ação penal que, em abril de 2018, resultou em prisão, Ciro Gomes disse não descartar a possibilidade de um gesto extremo de "solidariedade pessoal". Seria a formação de um grupo de juristas, "para fazer uma espécie de sequestro do ex-presidente e levá-lo a uma embaixada com pedido de asilo para que ele pudesse se defender de forma plena e isenta".
O que preocupa agora é o eventual futuro alcance das últimas palavras da frase acima.

O trio terr�vel

Como em pol�tica brasileira tudo � poss�vel, desde a semana passada se fala em eventual alian�a de Geraldo Alckmin (PSDB) com o MDB. Ela seria recheada, na hora da sobremesa ou do licor, com a nomea��o, para tr�s embaixadas, de homens encalacrados com a Lava Jato. Com a estrat�gia, o trio Michel Temer, Moreira Franco e Eliseu Padilha, todos do MDB, garantiria foro privilegiado. Alckmin teria sido, por�m, perempt�rio: caso ele seja eleito em outubro, nenhum dos "tr�s terr�veis" virar� embaixador.
Por via das d�vidas, conv�m recortar e guardar.

Romance forense: Barbatim�o jur�dico


DIVULGA��O/JC
Na semana passada, na comarca de entrância final, em processo de divórcio litigioso, o estagiário - que sempre faz minuciosos projetos de sentença - deparou-se - estupefato - em meio às petições, com uma confidência que um dos advogados da causa fizera à sua dileta jovem noiva.
Além de outros quejandos, um trecho revelava assim: "Por ser rica em taninos, a casca do barbatimão é fortemente adstringente, sendo reconhecida pelo uso familiar, que dela fizeram prostituídas mulheres para reparar a relaxação dos órgãos genitais, e para fingirem possuir o que os seus primeiros desacertos fez com que elas perdessem para sempre".
O texto seguia na tentativa de convencimento. "Basta uma consulta em blogs sobre o mundo vegetal para saber que o barbatimão é considerado a 'casca da mocidade' ou o 'amigo da mulherada'. Ele é recomendado, dentre outras coisas, para restaurar a virgindade ou coisa apertada que o valha."
Surpreso com a revelação logo comunicada pelo estagiário, o sempre presente juiz orientou aquele a que convidasse o advogado a comparecer rapidamente no gabinete, "a fim de esclarecer o mal-entendido". A visita deu-se no mesmo dia e o inquinado trecho da petição foi mostrado ao profissional.
Este desculpou-se, agradeceu pela consideração e se explicou. Na hora, de próprio punho, o advogado requereu que "face ao manifesto erro de copia/cola, seja tarjado todo o trecho compreendido entre a 1ª e a 14ª linhas da sétima página da peça de memoriais (fls. 205)". Assim, foi feito.
Antes que deixasse o gabinete, impropriamente o advogado resolveu falar mais, como se pretendesse justificar algo: "Doutor, essa especulação de que o barbatimão teria o poder de até recuperar a virgindade remonta ao tempo dos índios. Mas em tempos modernos, não passa de balela - pode crer".
O juiz apenas estendeu a mão, sinalizando que o assunto estava encerrado e havia chegado a hora da despedida.
Falastrão, o advogado ficou conhecido, na "rádio-corredor" forense pela alcunha de Doutor Barbatimão.
E só se fala nisso.
 

Elefante � disposi��o

N�o se preocupem brasileiros com o quadro geral de inseguran�a que assola o Pa�s. O governo acaba de anunciar a cria��o do tal de SUSP - Sistema �nico de Seguran�a P�blica, seja l� o que isso queira dizer. O leitor pode escolher tratar o tal de SUSP como �rg�o, institui��o, elefante branco, torneira aberta, ralo de despesas, ou algum t�tulo pomposo e respeit�vel.
Se a efici�ncia do SUSP acompanhar seu irm�o da Sa�de, o SUS, j� ser� poss�vel antever em que brejo estaremos metidos.

Fim da impunidade?

O jornal brit�nico Financial Times - 130 anos de hist�ria, 2 milh�es de leitores di�rios, sede em Londres - publicou no s�bado, em sua p�gina na internet, uma entrevista em v�deo, realizada no Brasil com o juiz S�rgio Moro. O entrevistador � o correspondente do jornal no Brasil, Joseph Leahy. O magistrado brasileiro - que a tudo responde em ingl�s - foi apregoado como "o homem que encerrou cinco s�culos de impunidade no Brasil".
Quem quiser ver, fica mais f�cil ir ao YouTube, buscando por "S�rgio Moro, Financial Times". O compacto � de 3 minutos. Vale a pena.

Qual � a utilidade?

Sabem a campanha institucional de dois anos de governo Michel Temer (MDB), que come�ou na sexta-feira passada? Pois parte de seus recursos financeiros foi remanejada de verbas publicit�rias de outros minist�rios. A "m�o grande" maior foi aplicada no contingenciamento de verbas do Minist�rio da Sa�de, de onde vieram R$ 22 milh�es. Tal dinheiro seria para campanhas das vacina��es, doa��o de �rg�os e combate � febre amarela.
Por decis�o do mais impopular presidente do Brasil, a verba de utilidade p�blica virou verba de utilidade... pol�tica.

A import�ncia da v�rgula

Ali�s, os convites para a cerim�nia que celebrou os dois anos do governo Temer reabriram coment�rios sobre a import�ncia da v�rgula no vern�culo. Expedidas pelo cerimonial do Planalto, as mensagens traziam o mal inspirado slogan "O Brasil voltou, 20 anos em 2". Gaiatos usaram discretos corretivos de texto, suprimiram a �nica v�rgula e a frase viralizou assim: "O Brasil voltou 20 anos em 2". Outros convites, ent�o, foram ent�o expedidos �s pressas, pelo Pal�cio do Planalto, com novo mote: "Maio de 2016 > Maio de 2018 > O Brasil voltou".
Mas o que voltou, mesmo, foi o �nfimo e igual �ndice de popularidade que tinha sido aferido em mar�o: 4,3% apenas de avalia��o positiva (�timo/bom) do governo e do presidente. N�o h� controv�rsias.

A nova face

O envelhecimento chegar� �s filas das urnas. Em outubro pr�ximo, a popula��o com 60 de idade, ou mais, estar� superando os mo�os de 16 a 24 anos.
Ainda que prevale�a a ideia de que o Brasil � um pa�s de jovens - que s�o decisivos nos processos eleitorais - dados do TSE mostram que a democracia brasileira tem faces cada vez mais maduras.
Os idosos representam 18,6% do eleitorado (27,3 milh�es de votos), enquanto os jovens somam 5 milh�es a menos: s�o 22,4 milh�es, ou 15,3% dos que estar�o aptos a votar.
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