A advogada gaúcha Márcia Koakoski foi uma das duas pessoas atingidas por tiros disparados contra militantes em acampamento de apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Curitiba. O fato aconteceu na madrugada de sábado. Márcia estava dentro de um banheiro químico quando levou o tiro.
A advogada afirmou que uma bala só não a perfurou porque, antes de acertá-la, atravessou as estruturas de fibra de vidro dos banheiros. As barreiras reduziram a velocidade do projétil, que acabou deixando apenas uma marca no seu ombro, como se fosse uma bala de borracha. "Fui encaminhada ao legista ao fim do dia, o médico me examinou e disse que foi a bala que causou a lesão", conta.
Além dela, o sindicalista Jefferson Lima de Menezes, 38, que atuava como vigia, foi atingido de raspão no pescoço. Ele segue internado no Hospital do Trabalhador e não corre risco de morte. Até a última atualização da Secretaria de Saúde do Paraná, Menezes estava consciente e conversando, mas sem previsão de alta.
Ainda no sábado, Márcia voltou para Porto Alegre, onde tem um escritório de advocacia civil. Ela havia chegado ao acampamento na última quinta-feira, e viajou acompanhada de uma amiga em um ônibus fretado pelo PT. Ela afirma que não é filiada atualmente a nenhum partido político, mas que decidiu ir ao acampamento porque acredita que a prisão de Lula foi injusta.
"Nós vivemos em um país em que ninguém está livre. Eu não sou uma ameaça para ninguém, não estou criticando ninguém, tenho uma vida comum. Quando eu resolvo apoiar uma situação que me é de direito, eu viro alvo de um atirador."