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Política

- Publicada em 12 de Abril de 2018 às 21:36

Vereadores de Porto Alegre fazem sessão em barco pelo Lago Guaíba

Vereadores fizeram sessão especial a bordo do catamarã para tratar de transporte hidroviário

Vereadores fizeram sessão especial a bordo do catamarã para tratar de transporte hidroviário


TONICO ALVARES CPMA/DIVULGAÇÃO/JC
Diego Nuñez
O catamarã flutuava a 22 nós de velocidade quando se iniciou a inusitada sessão da Câmara Municipal de Porto Alegre. Estavam a bordo 18 vereadores, representantes das diretorias da casa, TV Câmara e todo o aparato necessário para se realizar a atividade. O encontro foi dividido em duas partes.
O catamarã flutuava a 22 nós de velocidade quando se iniciou a inusitada sessão da Câmara Municipal de Porto Alegre. Estavam a bordo 18 vereadores, representantes das diretorias da casa, TV Câmara e todo o aparato necessário para se realizar a atividade. O encontro foi dividido em duas partes.
A primeira, que aconteceu no catamarã, que liga o município de Guaíba com Porto Alegre, discutiu alternativas hidroviárias para o transporte. A segunda foi realizada no Cisne Branco e debateu as possibilidades futuras para a gestão do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) e o turismo náutico na cidade. "É possível a exploração de serviços e transportes hidroviários? É economicamente viável ligar o Extremo-Sul ao Extremo-Norte da cidade?" Foi para tentar esclarecer estas dúvidas que o presidente da Câmara, Valter Nagelstein (PMDB), convocou a sessão especial.
Para a primeira parte, foram convidados o diretor-presidente da CatSul, empresa que opera o catamarã, Hugo Fleck, e o diretor de operações da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Marcelo Soletti. Enquanto a embarcação saía do Centro da Capital para a Zona Sul, passando por bairros como Ipanema, Ponta Grossa e Lami, Fleck relatou uma conversa que teve com Tarso Genro (PT), então governador, que ficou espantado com os baixos custos de investimento para implementação do catamarã e questionou por que não havia sido feito antes.
"Porque não havia vontade", respondeu-lhe Fleck, e disse que "nós viramos as costas para o nosso tesouro", referindo-se ao lago Guaíba. "Pior que isso" - corroborou Nagelstein - "nós transformamos o nosso tesouro em um esgoto". Para Fleck, "é muito mais fácil dragar vias fluviais do que construir ruas", argumentou o empresário. "Tem que se desburocratizar."
Soletti considera que "o entrave (para se investir em transporte fluvial) é muito mais legislativo. O conjunto de leis que envolve esse tipo de transporte é uma dificuldade", colocou, falando não apenas da legislação municipal, como também de nível estadual e nacional.
Para o presidente da Câmara, a questão não é flexibilizar as leis, "é ter vontade de fazer". "A marinha e o empreendedor estão aqui e dizem que querem fazer, depende da vontade do Estado de não atrapalhar." Ele acredita que a Câmara tem a possibilidade de "jogar luz" sobre o tema.
Na segunda parte da viagem, o diretor-geral do Dmae, Darcy Nunes dos Santos, frisou que a autarquia "tem uma boa saúde financeira e é superavitária, sim", mas que não opera com todo seu potencial. O Dmae, segundo ele, poderia receber 80% do esgoto da cidade, mas hoje trata apenas 55%, pois faltam sistemas de encanamentos que liguem as casas à rede.
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