“Não é um adeus. Nem mesmo um até breve. Colegas, amigos e companheiros, tchau. No encontraremos por aí.” Foi assim que o deputado estadual Ibsen Pinheiro (PMDB) se despediu da Assembleia Legislativa, ao fazer seu último discurso como parlamentar, no grande expediente desta terça-feira.
Como se elegeu suplente em 2014, Ibsen devolve a cadeira ao titular, Fábio Branco (PMDB), que deixa a Casa Civil do governo José Ivo Sartori (PMDB) para voltar ao Parlamento. Branco retorna ao Legislativo no dia 7 de abril – prazo final para descompatibilização aos políticos pretende concorrer nas eleições de 2018.
Em entrevista ao Jornal do Comércio, no ano passado, Ibsen já havia revelado a decisão de não concorrer mais nas eleições proporcionais: “Não pretendo mais ser candidato. Isso não significa abandonar a política, apenas abandonar a vida parlamentar”. Na mesma ocasião, disse que só concorreria ao Senado – o que não deve acontecer por conta da candidatura do ex-governador Germano Rigotto (PMDB) ao cargo.
Ibsen nasceu no município de São Borja. Disputou 10 eleições. Foi deputado constituinte e presidente da Câmara Federal. Nesta condição, conduziu, em 1992, o processo de impeachment do ex-presidente e hoje senador Fernando Collor de Melo.
Entrou na política em 1976, quando foi eleito vereador de Porto Alegre. Dois anos depois, chegou à Assembleia Legislativa e, em 1982, foi eleito pela primeira vez deputado federal. Ele integra o Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional. É jornalista e procurador de Justiça aposentado.