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Porto Alegre, segunda-feira, 02 de abril de 2018.

Jornal do Com�rcio

Pol�tica

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elei��es 2018

Not�cia da edi��o impressa de 03/04/2018. Alterada em 02/04 �s 21h11min

Trocas favorecem Centr�o e reelei��o de deputados

A uma semana do fim da janela que permite aos parlamentares mudarem de partido, o balcão de negócios instalado nos corredores da Câmara dos Deputados aponta para o fortalecimento dos partidos do Centrão, que nesta legislatura apoiaram do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) ao presidente Michel Temer (PMDB), passando pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT). O troca-troca entre as legendas, baseado não em ideologia, mas na divisão dos recursos dos fundos eleitoral e partidário, ainda revela uma tendência de menor renovação nas eleições de outubro.
Na primeira eleição geral após o veto às doações empresariais, o argumento para atrair deputado tem sido a garantia de que donos de mandatos receberão mais verba, em detrimento dos filiados que estão do lado de fora. E essa fatia prometida para bancar reeleições tende a ser maior nos partidos que não lançarão candidatos à presidência, já que a campanha ao Planalto está fixada em R$ 70 milhões.
"Todos os médios e grandes partidos estão oferecendo algo em torno de R$ 2 milhões", disse o deputado pelo Paraná Alfredo Kaefer (PSL), que vai deixar o partido do presidenciável Jair Bolsonaro e deve se filiar ao PP. O parlamentar afirmou que havia conversado com pelo menos oito legendas, como PP, PRB e Podemos. Kaefer admitiu que leva em conta os recursos oferecidos. "É evidente que isso também importa." O valor máximo oferecido pelos partidos, em média, é de R$ 2,5 milhões.
Dirigentes partidários reclamam do assédio a seus parlamentares. Segundo José Luiz Penna, presidente do PV, a Câmara virou um "mercado". "Há um leilão declarado com o dinheiro público. Ouvi que tem partido dando cheque pré-datado."
O balanço parcial da janela partidária, que se fecha no dia 7, mostra que outros partidos de um mesmo espectro político, como PP, PSD, DEM, Podemos e Pros, somam mais ganhos do que perdas na comparação com as bancadas registradas em 6 de março, véspera do início permitido para as trocas. O DEM foi o que mais cresceu - o total já chega a 41.
Outros representantes do Centrão, como PSD, Podemos e Pros, também ficaram mais fortes na janela, mas em menor proporção. A exceção desse bloco que dá sustentação ao governo é o PSL, que, com a chegada de Bolsonaro, saltou de três para oito deputados, e quer chegar a 10.
Para o cientista político Murillo de Aragão, a movimentação partidária observada até aqui visa ainda a assegurar uma posição estratégica em relação à composição das chapas. "Esses deputados podem apoiar qualquer um dos pré-candidatos do centro, seja Geraldo Alckmin (PSDB), Rodrigo Maia (DEM) ou Henrique Meirelles (de mudança para o PMDB)."
 
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