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Porto Alegre, quarta-feira, 25 de abril de 2018.

Jornal do Com�rcio

Internacional

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Rela��es exteriores

Not�cia da edi��o impressa de 26/04/2018. Alterada em 25/04 �s 20h14min

Nos EUA, Macron faz duras cr�ticas ao nacionalismo

Macron quer envolvimento norte-americano em um novo multilateralismo

Macron quer envolvimento norte-americano em um novo multilateralismo


/MANDEL NGAN/AFP/JC
Depois de dias de afagos e elogios ao presidente Donald Trump, o francês Emmanuel Macron fez ontem - último dia de sua visita aos Estados Unidos - um incisivo discurso no Congresso norte-americano, no qual falou da "ilusão do nacionalismo", criticou os efeitos de uma guerra comercial, defendeu o Acordo de Paris sobre o Clima e pediu o envolvimento dos EUA em um novo multilateralismo. "Pessoalmente, não compartilho da fascinação por novos grandes poderes, pelo abandono da liberdade e pela ilusão do nacionalismo", declarou, sendo aplaudido de pé por republicanos e democratas.
Trump foi eleito sob o bordão "América Primeiro" e tem tomado medidas que priorizam os interesses dos EUA e distanciam o país de acordos e tratativas multilaterais. "Podemos escolher o isolacionismo. Pode ser tentador como um remédio temporário para nossos medos, mas fechar as portas não irá parar a evolução do mundo. Não podemos deixar a escalada do extremo nacionalismo abalar o mundo", discursou Macron.
Se nos dias anteriores o francês assinalara suas convergências com Trump, ao Congresso Macron destacou as diferenças. O mandatário disse que uma eventual guerra comercial não é "a resposta apropriada" para lidar com desequilíbrios e pediu a construção de soluções negociadas por meio de mecanismos como a Organização Mundial do Comércio (OMC). "Nós escrevemos essas regras; nós devemos segui-las", afirmou.
Macron ainda clamou que os EUA regulem os abusos do capitalismo e protejam a privacidade digital de seus cidadãos, em meio às discussões sobre vazamentos de dados do Facebook, e defendeu regulações financeiras para diminuir a especulação e proteger a classe média.
A proteção ao meio ambiente foi um dos temas mais incisivos - Trump anunciou a retirada dos EUA do Acordo de Paris sobre o Clima, e Macron defendeu o retorno do país ao pacto. "Vamos encarar os fatos: não há planeta B", disse o francês, para aplausos dos democratas - dessa vez, boa parte dos republicanos permaneceu sentada. "Precisamos fazer nosso planeta grande novamente", afirmou, aludindo ao bordão da campanha de Trump.
Macron afirmou que "algumas pessoas pensam que proteger as atuais indústrias e empregos" é mais relevante do que fazer a transição para uma nova economia - sem fazer referência específica ao governo norte-americano, que tomou medidas para preservar as indústrias de carvão, aço e alumínio. "Pode ser que tenhamos discordâncias nesse ponto, como em todas as famílias, mas teremos que encarar a mesma realidade no futuro; precisamos trabalhar juntos", argumentou.
Por fim, defendeu que os Estados Unidos participem da construção de uma "nova ordem global". "Os EUA foram os inventores do multilateralismo. Vocês precisam ajudar a preservá-lo e a reinventá-lo", afirmou. Sob o comando de Trump, o país tem esvaziado sua participação em organismos internacionais e reduzido a atuação diplomática pelo mundo.
 
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