Karen McDougal conseguiu anular o acordo de confidencialidade sobre seu suposto relacionamento com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A ex-modelo da Playboy tinha um contrato com a America Media Inc. (AMI), dona do tabloide National Enquirer. A empresa pagou US$ 150 mil pelos direitos a sua história e sobre o suposto caso.

A ex-modelo entrou com uma ação em março para invalidar o acordo. Na decisão do processo está a alegação de que o advogado de Donald Trump, Michael Cohen, estava envolvido secretamente nas discussões entre ela e os executivos da AMI.

Nos termos da decisão, Karen pode manter os US$ 150 mil que recebeu e tem restituídos os direitos sobre a história. Já a AMI tem direito a lucros de até US$ 75 mil sobre a mesma história, além de manter os direitos sobre as fotografias da ex-modelo. A empresa argumentou que Karen tinha permissão para falar sobre o suposto relacionamento desde 2016 e que o contrato apenas dava à AMI a decisão de publicar ou não o caso.

Em entrevista concedida à CNN, Karen afirmou que Trump tentou pagá-la depois de seu primeiro encontro no Hotel Beverly Hills, em 2006. A ex-modelo disse que continuou o relacionamento com o presidente por cerca de dez meses e terminou a relação em abril de 2007, porque se sentia culpada. Trump nega o relacionamento. O presidente se casou com a atual mulher, Melania Trump, em 2005, e seu filho Barron nasceu em 2006.

Karen comemorou o resultado do processo. "Meu objetivo, desde o começo, era restaurar meus direitos e não obter nenhum ganho financeiro, e esse acordo fez exatamente isso", explicou.