Alegando que a situação da fronteira está em crise, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto para enviar a Guarda Nacional para a divisa com o México. A medida é anunciada dias após o republicano ter atacado seu antecessor, o democrata Barack Obama, pelas leis migratórias, e culpado o governo mexicano por não impedir o fluxo de pessoas rumo ao território dos EUA.
"A ilegalidade que persiste em nossa fronteira do Sul é fundamentalmente incompatível com a segurança e a soberania do nosso povo", escreveu o mandatário, na ordem executiva. Os guardas enviados à fronteira não portarão armas nem farão controle migratório ou alfandegário.
O reforço na segurança é a primeira medida de Trump desde que se irritou, no fim de semana, ao se inteirar da existência da chamada "via-crúcis migratória". O evento, feito desde 2010 pela ONG Pueblo Sin Fronteras, consiste na união de pessoas para atravessar o México rumo ao Norte. Usando a caravana como justificativa, o republicano ameaçou romper o acordo com Honduras e acabar com o Nafta (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio) para retaliar o México, além de reiterar seu pedido pelo muro na fronteira, barrado pelo Congresso.