O juiz federal Daniel Rafecas indiciou ontem o ex-ministro do Planejamento do per�odo kirchnerista (2003-2015) Julio de Vido, e o ex-secret�rio de Energia Daniel Cameron por "supostas manobras para favorecer a construtora Odebrecht na licita��o de contratos para a amplia��o de gasodutos", entre 2006 e 2008.
De Vido, homem-chave na condu��o das obras p�blicas na Argentina durante as gest�es de N�stor e Cristina Kirchner, j� se encontra preso, mas por outra raz�o. Ele responde a processo relacionado a um poss�vel desvio de verbas para a constru��o de um projeto de minera��o.
Como na Argentina a legisla��o ainda n�o permite que as den�ncias por dela��o premiada feitas no Brasil sejam validadas, a Justi�a local tem iniciado investiga��es por conta pr�pria sobre a rela��o de funcion�rios da gest�o anterior com a empreiteira brasileira.
De Vido se diz inocente e afirma que h� persegui��o pol�tica. "Macri tenta, a todo custo, me vincular com a Odebrecht", declarou.
Seus advogados v�m tentando sua libera��o h� semanas sob a alega��o de que sofre de diabetes e que seu estado estaria se deteriorando na pris�o.
O caso pelo qual � acusado agora envolve interc�mbios de favores para assegurar que a Odebrecht vencesse o concurso para a amplia��o dos gasodutos, um projeto de US$ 2,3 bilh�es (R$ 7,6 bilh�es). Segundo a empreiteira brasileira declarou ao Minist�rio da Justi�a dos EUA, na Argentina, foram pagos US$ 35 milh�es (R$ 116 milh�es) em caixa-2 e propinas.