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Geral

- Publicada em 07 de Fevereiro de 2018 às 19:44

Empresa de coleta de lixo de Porto Alegre diz que pagou salários de trabalhadores

Porto Alegre amanheceu com sacos de lixo nas calçadas em bairros de diversas regiões da cidade

Porto Alegre amanheceu com sacos de lixo nas calçadas em bairros de diversas regiões da cidade


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A empresa contratada para fazer a coleta de lixo orgânico de Porto Alegre informou que fez, nesta terça-feira (10), o depósito dos salários dos cerca de 500 funcionários. O atraso no pagamento levou os trabalhadores a interromper a coleta dos resíduos na noite da segunda-feira (9). A Capital amanheceu com sacos de lixo nas calçadas em bairros em todas as regiões da cidade.
A empresa contratada para fazer a coleta de lixo orgânico de Porto Alegre informou que fez, nesta terça-feira (10), o depósito dos salários dos cerca de 500 funcionários. O atraso no pagamento levou os trabalhadores a interromper a coleta dos resíduos na noite da segunda-feira (9). A Capital amanheceu com sacos de lixo nas calçadas em bairros em todas as regiões da cidade.
A Secretaria de Serviços Urbanos acabou acionando o Departamento Municipal de Limpeza urbana (DMLU) para recolher os materiais e tentar amenizar o impacto da paralisação. Pela legislação trabalhista, os salários devem ser pagos até o quinto dia útil. Com isso, a expectativa dos empregados era de receber até a sexta-feira passada. São cem caminhões da Belém Ambiental (BA), empresa responsável pelo contrato desde 2015 e com sede no Rio de Janeiro, que deveriam ter percorrido a cidade para fazer a coleta.   
O advogado da BA, Thiago Rocha Moyses, sócio diretor do escritório Rocha & Zacca Advogados, alega que parte dos vencimentos haviam sido pagos, mas que faltava completar os valores. "O pagamento já foi feito, não há nada que justifique a paralisação", alega Moyses. A empresa teve de buscar empréstimos em banco para completar as remunerações, diz o defensor. 
O advogado afirma que a empresa enfrenta dificuldades desde que a prefeitura mudou a forma de pagamento da fatura, que antes era em duas datas do mês, e agora passou a ser em uma vez e no fim do mês. "A prefeitura, no último ano, impôs que seja feito em uma vez só, no fim do mês. A gente discutiu isso na Justiça, ganhamos recurso e eles ganharam no agravo", explicou Moyses. "A prefeitura nos deve R$ 9 milhões, sucateou a empresa, não nos deu reajuste, reequilíbrio, e, agora, a última tacada é pagar os valores devidos no último dia", enumerou o advogado da BA. 
O passivo atribuído à prefeitura se refere a valores de 2016, os quais o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), alegando dificuldades de caixa, acabou aprovando parcelamento para quitar em até 36 meses. "Isso não recompõe de jeito nenhum o capital financeiro da empresa", advertiu o defensor.
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