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Esportes

- Publicada em 11 de Abril de 2018 às 20:23

Dirigente do COB nas gestões de Nuzman, André Richer morre aos 90 anos

André Richer tinha 90 anos e ocupava o cargo de presidente até 2016

André Richer tinha 90 anos e ocupava o cargo de presidente até 2016


COB/DIVULGAÇÃO/JC
Agência Estado
Dirigente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) nas gestões de Carlos Arthur Nuzman, André Gustavo Richer morreu nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, aos 90 anos. O COB decretou luto oficial de três dias ao anunciar o falecimento, mas não informou a causa do óbito. Ex-atleta do remo, com participação em Olimpíada e Pan-Americano, Richer esteve envolvido na diretoria do COB de 1990 até 2016.
Dirigente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) nas gestões de Carlos Arthur Nuzman, André Gustavo Richer morreu nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, aos 90 anos. O COB decretou luto oficial de três dias ao anunciar o falecimento, mas não informou a causa do óbito. Ex-atleta do remo, com participação em Olimpíada e Pan-Americano, Richer esteve envolvido na diretoria do COB de 1990 até 2016.
Richer foi presidente do COB, entre 1990 e 1995, quando se tornou vice de Nuzman. Ele ocupou este cargo até 2016. Antes, foi diretor técnico e jurídico e secretário-geral da entidade, na qual ingressou em 1975. Além disso, foi chefe de missão nos Jogos Olímpico de Moscou-1980, Los Angeles-1984 e Seul-1988.
"Richer teve uma vida inteiramente dedicada ao esporte. Líder nato desde os tempos de atleta olímpico, dedicou seu tempo e enorme energia ao desenvolvimento do esporte brasileiro, assumindo cargos de chefia tanto na CBF quanto no COB. O esporte brasileiro perde um dos seus mais importantes colaboradores", disse o atual presidente do COB, Paulo Wanderley.
Em outubro do ano passado, Richer passou a ser investigado na Operação Unfair Play, que levou Carlos Arthur Nuzman à prisão sob acusação de compra de votos na eleição que garantiu ao Rio de Janeiro o direito de sediar a Olimpíada de 2016. Então vice do COB, Richer foi alvo de mandado de busca e apreensão na segunda etapa da operação, que era um desdobramento da Lava Jato.
Na época, a defesa de Richer, então com 90 anos, informou ao juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, do Rio, que o executivo estava internado desde 6 de setembro. E o diagnóstico, segundo o defensor, era de "psicose aguda". Segundo a defesa, o executivo estava "totalmente desorientado". O advogado até entregou um receituário médico ao juiz.
Um dos documentos investigados pela operação era um contrato de mútuo firmado entre André Richer (mutuante) e Carlos Nuzman (mutuário) no valor de R$ 100 mil em maio de 2017. Trata-se, segundo os procuradores, de um contrato de comodato firmado entre André Richer (comodante) e Carlos Arthur Nuzman (comodatário), "em que aquele dá em comodato a este, pelo período de 3 anos e renovação automática, um imóvel".
"Tais contratos causam estranheza, ainda mais diante do contexto de práticas criminosas investigadas envolvendo o COB e seu presidente, Carlos Nuzman. Diante do apresentado, faz-se necessária a inclusão de André Gustavo Richer, vice-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro desde o ano de 1995, na presente investigação", solicitou, na época, o Ministério Público Federal.
Antes de ingressar no COB, o mineiro de Visconde do Rio Branco fez sucesso no remo, com títulos do Campeonato Carioca, Brasileiro e Sul-Americano. Esteve nos Jogos Olímpicos de Melbourne-1956 e nos Jogos Pan-Americanos de Chicago-1959.
Depois, se tornou presidente do Flamengo, entre 1969 e 1973. De lá, ganhou função na CBF, como diretor, entre 1975 e 1986. Além disso, foi secretário-geral da Organização Desportiva Pan-Americana (ODEPA) e da Organização Desportiva Sul-Americana (ODESUR).
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