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Economia

- Publicada em 25 de Abril de 2018 às 10:01

Dólar supera R$ 3,50 com exterior e revés de Moro

Agência Estado
Na quinta alta seguida, o dólar já avançou acima de R$ 3,50 ante o real nesta quarta-feira (25) acompanhando a valorização generalizada da moeda americana no exterior diante dos juros da T-Note de dez anos acima dos 3% ao ano pela manhã. É pano de fundo também a decisão da segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de tirar do juiz Sérgio Moro a delação da Odebrecht sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na quinta alta seguida, o dólar já avançou acima de R$ 3,50 ante o real nesta quarta-feira (25) acompanhando a valorização generalizada da moeda americana no exterior diante dos juros da T-Note de dez anos acima dos 3% ao ano pela manhã. É pano de fundo também a decisão da segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de tirar do juiz Sérgio Moro a delação da Odebrecht sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O economista da MCM Consultores Antonio Madeira diz que o movimento de depreciação do real frente o dólar acompanha as perdas de outras moedas de países emergentes. "É um movimento mundial de depreciação de divisas emergentes por conta dos juros dos T-Note acima de 3% ao ano e apostas em alta da inflação e do juro americano mais rápido que o esperado", avalia.
Internamente, segundo Madeira, a grande fragmentação na corrida eleitoral e a incerteza sobre o resultado da eleição não são novidades, minimizando o resultado da Pesquisa Ibope que mostrou o ex-presidente Lula na liderança entre eleitores do Estado de São Paulo.
Madeira diz que há desconforto principalmente com a decisão da segunda turma do STF de retirar processos de Lula do juiz Sérgio Moro. "Começa a gerar um cenário mais extremo sobre possível revisão de decisões de Moro e da Justiça de segunda instância de Porto Alegre. É mais um risco no radar", avalia.
Madeira destaca ainda expectativas sobre os dados do setor externo de março, que saem às 10h30. Até a semana de 13 de abril havia fluxo positivo inclusive nas operações financeiras e nesta quarta vão sair dados do setor externo de março e informações preliminares das contas externas de abril. "Darão ideia se os estrangeiros estão saindo ou elevando o hedge de suas operações no câmbio, apoiando a alta do dólar", comenta.
Às 9h30min desta quarta-feira, o dólar à vista desacelerava a alta, aos R$ 3,4962 (+0,74%), após bater máxima aos R$ 3,5072 (+1,05%). O dólar futuro para maio avançava 0,68%, aos R$ 3,4985, após oscilar de R$ 3,4915 (+0,47%) a R$ 3,5085 (+0,96%). Em Nova Iorque, o juro da T-Note 10 anos estava em 3,0217% neste mesmo horário. O dólar subia a 109,21 ienes e o euro caía a US$ 1,2180. Ante divisas ligadas a commodities, a moeda americana exibe ganho quase generalizado.
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