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Economia

- Publicada em 20 de Abril de 2018 às 18:37

Presidente do Banco Central espera que FMI melhore projeção de crescimento do Brasil

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, espera que o Fundo Monetário Internacional (FMI) revise para cima as projeções de crescimento para o Brasil, que ainda estão um pouco abaixo do que ele considera razoável. O organismo espera que o país tenha uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,3% neste ano.
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, espera que o Fundo Monetário Internacional (FMI) revise para cima as projeções de crescimento para o Brasil, que ainda estão um pouco abaixo do que ele considera razoável. O organismo espera que o país tenha uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,3% neste ano.
"É possível que o FMI ainda venha a ajustar para cima a revisão na próxima reunião. Se as nossas projeções e recuperação se mantiverem, eles vão acabar subindo", disse durante entrevista a imprensa.
O FMI revisou a projeção de crescimento do Brasil em 0,4 ponto percentual neste ano, para 2,3%. A projeção do governo é que o PIB tenha um crescimento de 3% neste ano. O Banco Central trabalha com uma expectativa de 2,6%.
"Qualquer projeção entre 2,5% e 3% está dentro da margem razoável de projeções e isso é um pouco fruto da política monetária. A inflação mais baixa gerou um aumento da renda, que gerou consumo e deu início à recuperação", afirmou.
Ilan também lembrou que o cenário econômico no Brasil é positivo, com juro e inflação baixos e recuperação gradual da economia. E mesmo que sujeita a algumas volatilidades, o país tem estrutura para lidar com isso. Além das reservas, o presidente do BC citou a boa condição das contas externas e um sistema financeiro capitalizado.
Godfajn reafirmou que a função da autoridade monetária é dar tranquilidade à economia e que uma atuação no câmbio será apenas para evitar a volatilidade excessiva. Acrescentou ainda que defende que a instituição tenha uma atuação neutra, independente do quadro político.
"Acredito que o papel do BC é dar tranquilidade e deixar o mercado funcionar, evitando uma volatilidade que vá além da conta. O que é isso? Uma volatilidade que não tenha ligação com os fundamentos da economia. O que estamos dizendo é que temos um seguro que vai nos ajudar a dar essa tranquilidade", explicou.
O BC possui cerca de US$ 380 bilhões em reservas internacionais e o estoque de swap cambial foi reduzido de mais de US$ 100 bilhões para cerca de US$ 24 bilhões. Esse instrumento equivale a uma venda de dólar no mercado futuro e, por estar com um estoque baixo, pode ser utilizado em momentos de maior volatilidade.
Questionado se o período eleitoral é uma incerteza que poderia causar volatilidade, ele se limitou a dizer que algumas questões estão fora do domínio da autoridade monetária.
"Essa (incerteza) é uma das questões pela qual não temos uma recuperação forte. A recuperação gradual deriva de algumas outras questões que não estão atreladas à política monetária, e sim a fatores internos e externos. São questões que não estão no nosso domínio", explicou.
Ele ainda acrescentou que é importante que a autoridade monetária mantenha uma posição o mais neutra possível.
"Minha contribuição no Banco Central é muito mais efetiva se eu conseguir me manter o mais neutro possível nas questões partidárias e políticas. O BC tem que trabalhar para qualquer cenário, independente do partido, e ser um ator neutro para ter o seu papel de órgão de Estado, ajudando o país a atravessar esse que é um ano de transição", avaliou.
Sobre o impacto de disputas comerciais, como a iniciada pelos Estados Unidos, ele lembrou que a expectativa é que os países negociem e a situação se estabilidade.
"O risco é que isso não aconteça então por isso às vezes há uma certa ansiedade nos mercados. Me questionam se o Brasil se beneficiaria disso, eu digo que se isso afeta o crescimento global, então não acho que algum país vá se beneficiar", disse.
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