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Porto Alegre, quarta-feira, 18 de abril de 2018.

Jornal do Com�rcio

Economia

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TRABALHO

Not�cia da edi��o impressa de 19/04/2018. Alterada em 18/04 �s 22h35min

Crise leva brasileiro a fazer mais tarefas dom�sticas

Mulheres dedicam 20,9 horas em afazeres da casa ou cuidados com pessoas, o dobro dos homens

Mulheres dedicam 20,9 horas em afazeres da casa ou cuidados com pessoas, o dobro dos homens


FREEPIK/FREEPIK/DIVULGA��O/JC
Em 2017, aumentou o n�mero de brasileiros que dedicaram parte de seu tempo a afazeres dom�sticos e ao cuidado de crian�as. Embora o crescimento tenha sido maior entre os homens, as mulheres ainda gastam o dobro do tempo com tarefas do lar.
A constata��o � de pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica) sobre formas n�o remuneradas de trabalho, divulgada ontem com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lio Cont�nua - Outras Formas de Trabalho (Pnad-C).
De acordo com o instituto, o percentual de brasileiros com mais de 14 anos que informaram ter feito tarefas dom�sticas ou cuidado de outros moradores ou parentes na semana da pesquisa subiu 4%, de 82,7% para 86%.
Na avalia��o do IBGE, a perda de rendimento do trabalhador pode ter levado as pessoas a terem que se dedicar mais a tarefas dom�sticas. O crescimento foi maior entre a popula��o ocupada.
"Pode ser um movimento conjuntural: as fam�lias est�o com renda menor, e n�o d� para pagar diarista, n�o d� para pagar bab�, ent�o est�o fazendo mais tarefas dom�sticas", disse a pesquisadora do IBGE Alessandra Brito.
Em 2017, a renda do trabalhador brasileiro caiu, em m�dia 2%, para R$ 2.178,00. Alessandra lembra que a crise afetou particularmente o trabalhador com carteira assinada e que o recuo do desemprego no fim do ano se deu pelo aumento dos trabalhadores por conta pr�pria.
"Apesar de a ocupa��o n�o ter ca�do, essa popula��o se inseriu em v�nculos de menor rendimento", comentou ela, ressaltando que o fechamento de vagas foi mais intenso em setores de predomin�ncia masculina, como ind�stria e constru��o civil.
A taxa de realiza��o de afazeres dom�sticos ou de cuidados com moradores cresceu mais entre os homens (de 74,1% para 78,7%) do que entre as mulheres (90,6% para 92,6%).
Mas a diferen�a permanece grande, principalmente se considerado o n�mero de horas dedicadas �s tarefas do lar: as mulheres disseram ter dedicado 20,9 horas em afazeres dom�sticos ou cuidados com pessoas, contra apenas 10,8 horas gastas por homens.
Mesmo as que trabalham gastaram muito mais tempo: 18,1 horas, contra 12 horas dos homens n�o ocupados. "Os homens fazem mais do que em anos anteriores, mas as mulheres continuam dedicando muito mais horas", disse a pesquisadora do IBGE.
Somando a m�dia de horas trabalhadas fora de casa e em tarefas do lar, as mulheres trabalharam tr�s horas a mais do que os homens na semana da pesquisa (53,2 contra 50,2).
O crescimento da participa��o masculina em atividades do lar se deu principalmente na realiza��o de afazeres dom�sticos, j� que, no indicador de cuidados com outros moradores, a participa��o masculina ficou est�vel.
A taxa de realiza��o de afazeres dom�sticos cresceu de 81,2% para 84,4%. Entre os homens, 76,4% disseram ter realizado alguma tarefa, alta de 6,2%. Entre as mulheres, o aumento foi de 2,1%, para 91,7%.
Os homens t�m participa��o mais efetiva em tarefas como pequenos reparos e manuten��o, organiza��o do domic�lio, cuidado com animais e fazer compras. A prepara��o de alimentos (95,6% das mulheres e 59,8% dos homens) e as atividades de limpeza (90,7% contra 56%) continuam sendo atividades majoritariamente femininas.
Subiu de 26,9% para 31,5% o n�mero de brasileiros que dedicam parte de seu tempo a cuidar de outros moradores no domic�lio ou de parentes n�o moradores, um aumento de 8,3 milh�es de pessoas.
O aumento ocorreu com maior intensidade entre as pessoas ocupadas (de 28,2% para 33,7%) e no cuidado de crian�as e adolescentes entre 6 e 14 anos (de 48,1% para 49,7%).
As mulheres ainda s�o majorit�rias no aux�lio aos cuidados pessoais e nas atividades educacionais. Entre as atividades, o aumento foi maior em ler, jogar e brincar, e monitorar ou fazer companhia dentro de casa, nas quais a diferen�a entre a participa��o masculina e feminina � menor (73,3% a 77,3%, e 87,3% a 91,4%).
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