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Economia

- Publicada em 18 de Abril de 2018 às 15:24

Pedro Parente, da Petrobras, deve ser o presidente do conselho da BRF

Parente só aceitará indicação se seu nome for aceito por consenso entre todos os acionistas da BRF

Parente só aceitará indicação se seu nome for aceito por consenso entre todos os acionistas da BRF


TOMAZ SILVA/ABR/JC
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, deverá substituir o empresário Abilio Diniz à frente da Conselho de Administração da BRF, a líder do mercado de alimentos processados no Brasil, que passa por uma grave crise administrativa. As tratativas ainda estão em curso e o martelo deve ser batido nesta quinta-feira (19) durante a reunião do conselho que visa tratar da disputa. A notícia circulou e já fez a BRF subir 8% na Bolsa.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, deverá substituir o empresário Abilio Diniz à frente da Conselho de Administração da BRF, a líder do mercado de alimentos processados no Brasil, que passa por uma grave crise administrativa. As tratativas ainda estão em curso e o martelo deve ser batido nesta quinta-feira (19) durante a reunião do conselho que visa tratar da disputa. A notícia circulou e já fez a BRF subir 8% na Bolsa.
Segundo a reportagem apurou, Parente só aceitará o desafio se seu nome for aceito por consenso entre todos os acionistas. Hoje ele comanda também o conselho de administração da B3, a administradora da Bolsa de Valores de São Paulo, e provavelmente deixaria esse cargo se fosse para a BRF.
Se isso ocorrer, é bastante provável que o fundo britânico Aberdeen, que tem 5,02% da BRF, retire seu pedido de voto múltiplo e que seja novamente apresentada uma chapa única na assembleia geral de acionistas marcada para o dia 26.
O fundo havia feito o pedido na semana passada, obrigando que todos os dez nomes do conselho sejam aprovados individualmente-o que deixaria Abilio com um ou no máximo dois representantes no colegiado.
Os acionistas da BRF estão em guerra pelo comando da companhia. De um lado, os fundos de pensão Petros (Petrobras) e Previ (Banco do Brasil). Do outro, Península (holding da família Diniz) e o fundo Tarpon.
Petros e Previ pediram substituição de Abilio no comando da empresa por conta dos prejuízos registrados pela companhia, que perdeu R$ 1,1 bilhão em 2017. A empresa também enfrenta veto à venda de seu frango na Europa como decorrência da Operação Carne Fraca.
Além disso, há diversos problemas de gestão, que levaram à saída do presidente-executivo da empresa, Pedro Faria, também no ano passado. Os fundos, que detêm 22% do capital da empresa,haviam indicado para presidir o conselho executivo Augusto Cruz, presidente do conselho da BR Distribuidora.
Já Abilio tentava emplacar o nome de Luiz Fernando Furlan, herdeiro da Sadia e um dos negociadores da fusão com a Perdigão que deu origem à BRF em 2009.Sem conseguir fazer seu candidato e com o pedido de voto múltiplo do Aberdeen o deixando com apenas um ou dois representantes no conselho, Abilio voltou à carga propôs que Parente assumisse o posto.
A princípio, os representantes dos fundos estavam em dúvida, mas acabaram concordando, porque o executivo, que tirou a Petrobras de um extensa crise, é muito bem avaliado pelo mercado. A própria posição de Parente como presidente da empresa que emprega os cotistas do fundo Petros azeitou a negociação.
Raquel Landim e Igor Gielow, da Folhapress
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