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Porto Alegre, ter�a-feira, 17 de abril de 2018.

Jornal do Com�rcio

Economia

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Conjuntura

Not�cia da edi��o impressa de 18/04/2018. Alterada em 17/04 �s 20h24min

FMI revisa proje��o de crescimento do Brasil

Obstfeld destaca a melhora acima do esperado da economia brasileira

Obstfeld destaca a melhora acima do esperado da economia brasileira


/SAUL LOEB /AFP/JC
O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou as projeções de crescimento do Brasil para 2018 e 2019. O "Perspectiva da Economia Mundial" (WEO, na sigla em inglês), divulgado ontem, prevê que o PIB brasileiro tenha expansão de 2,3% neste ano e de 2,5% no próximo, o que representa, para cada ano, alta de 0,4 ponto percentual em relação à projeção anterior. A melhora esperada é a maior entre todos os países e regiões avaliados pelo fundo.
"Após uma profunda recessão em 2015 e 2016, o Brasil voltou a crescer e esperamos que melhore para 2018 e 2019, impulsionado pelo investimento e consumo privados. O crescimento de médio prazo está moderado para 2,2%, porque pesa o envelhecimento da população e a estagnação da produtividade", diz o relatório.
As projeções para o Brasil estão um pouco abaixo do esperado pelos economistas consultados semanalmente pelo Banco Central (BC). No último relatório Focus, a projeção de PIB para 2018 era de 2,76% e, para o ano que vem, de 3%. Ainda assim, a revisão para cima do crescimento do PIB brasileiro pelo organismo multilateral foi suficiente para melhorar o desempenho da América Latina. A projeção de expansão da região aumentou em 0,1 ponto percentual neste ano, para 2%, e em 0,2 ponto para o ano que vem, chegando a 2,8%. As projeções da outra grande economia da região, o México, ficaram inalteradas (2,3% em 2018 e 3% em 2019).
O FMI traça uma série de riscos para o crescimento do Brasil, sendo que alguns também estão presentes em outros países emergentes. "As incertezas políticas dão origem à implementação de reformas arriscadas ou à possibilidade de uma reorientação da agenda política, incluindo no contexto as eleições próximas em muitos países, como Brasil, Colômbia, Itália e México. Uma fraca governança e a corrupção em larga escala também podem minar a confiança e o apoio popular às reformas, prejudicando a atividade econômica", avaliou o FMI.
O FMI defende que algumas reformas são essenciais para a manutenção do crescimento no futuro e, no caso do Brasil, destaca a necessidade de se mudarem as regras da aposentadoria. "No Brasil, a reforma da Previdência se mantém como prioridade para garantir que os gastos fiquem consistentes com a regra fiscal constitucional e garanta a sustentabilidade fiscal de longo prazo", disse, fazendo referência ao teto dos gastos, que impõe limite para o crescimento das despesas do governo federal.
O FMI ainda vê que o País poderia impulsionar o seu crescimento se tomasse algumas medidas em relação ao comércio e investimento. "Reduzir as barreiras tarifárias e não tarifárias para o comércio ajudará a melhorar a eficiência e aumentar o crescimento da produtividade. E elevar o interesse pelo programa de concessões de infraestrutura para investidores poderia ajudar a atrair o investimento privado a preencher deficiências importantes no setor", concluiu.
Na avaliação do economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld, os fundamentos da economia brasileira tiveram uma melhora acima do esperado, o que permitiu a recuperação da economia em 2017 e que justifica o aumento da projeção para 2018 e 2019.
"Os fundamentos estão em um nível melhor que o esperado. No ano passado, a inflação foi muito baixa e permitiu menores taxas de juros para suportar a economia", disse, acrescentando que as condições financeiras globais também contribuem para essa perspectiva.
 

D�ficits fiscais s�o nuvem negra na Am�rica Latina

Apesar de reconhecer a acelera��o do crescimento da Am�rica Latina nos �ltimos anos, o Banco Mundial alertou, em relat�rio divulgado ontem, para o risco de "encruzilhada fiscal", em fun��o do alto n�vel de endividamento p�blico dos pa�ses da regi�o.
"� a �nica nuvem negra no horizonte", afirmou Carlos Vegh, economista-chefe do Banco Mundial para a Am�rica Latina e Caribe.
Para ele, a trajet�ria crescente da d�vida p�blica e dos d�ficits fiscais na regi�o representa um risco � baixa infla��o, � redu��o da pobreza e ao crescimento sustentado da economia.
No Brasil, o d�ficit fiscal chegou a quase 8% do PIB no ano passado, segundo o relat�rio, e a d�vida p�blica, a 79% do PIB - a m�dia da regi�o � de 57,6%.
Conforme o documento, a retomada do crescimento da Am�rica Latina, ap�s anos de recess�o e baixo desempenho, foi impulsionada em especial por fatores externos, como o aumento dos pre�os das commodities, o bom desempenho das economias dos Estados Unidos e China e a alta liquidez internacional.
Dentro de casa, por�m, os governos n�o aproveitaram o momento de crescimento, em especial a "d�cada de ouro" entre 2003 e 2012, para poupar, e ainda precisam reduzir gastos improdutivos, de acordo com Vegh.
O economista recomenda que os ajustes sejam feitos de forma gradual, por�m, e sem comprometer investimentos e programas de transfer�ncia de renda.
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