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Economia

- Publicada em 15 de Abril de 2018 às 21:19

Com maior volume colhido neste ano, começa safra de pinhão no Rio Grande do Sul

Colheita do produto é concentrada na Serra e no Nordeste gaúcho

Colheita do produto é concentrada na Serra e no Nordeste gaúcho


EMATER/EMATER/DIVULGAÇÃO/JC
Carolina Hickmann
Tradicional na culinária gaúcha, o pinhão deve ter aumento de volume colhido nesta safra. Enquanto, nos últimos anos (2015-2017), houve quebra - com totais entre 600 e 750 toneladas da semente registrados -, a projeção da Emater para a safra deste ano, que teve início oficial ontem, é de mais de 800 toneladas - total observado, pela última vez, em 2014.
Tradicional na culinária gaúcha, o pinhão deve ter aumento de volume colhido nesta safra. Enquanto, nos últimos anos (2015-2017), houve quebra - com totais entre 600 e 750 toneladas da semente registrados -, a projeção da Emater para a safra deste ano, que teve início oficial ontem, é de mais de 800 toneladas - total observado, pela última vez, em 2014.
De acordo com Ilvandro Barreto de Melo, assistente técnico regional em manejo de recursos naturais da Emater, a curva de produção observada nos pinheiros gaúchos é natural, devido à organização fisiológica da planta. "A araucária gasta uma energia muito grande para a produção de pinhões, assim, ela precisa de um tempo de recuperação", relata, ao salientar que a safra do próximo ano, por esta lógica, poderá ser recorde, baseado na observação da formação das pinhas.
Para que haja um bom resultado no ano que vem, porém, as condições climáticas precisam ser favoráveis - ainda mais em se tratando de uma cultura extrativista. "Em setembro e outubro, temos floração da araucária. Se houver chuvas, o pólen não consegue chegar à copa da árvore; se houver muito vento, da mesma maneira", explica Melo. Com esta dificuldade, o número de pinhões por pinha fica menor, e, por consequência, o total colhido também diminui.
A produção de pinhões, no Estado, está concentrada na Serra e no Nordeste, em função do clima e da altitude favoráveis à araucária. Em Caseiros, município próximo a Lagoa Vermelha, a expectativa de colheita é bastante positiva. Os preços praticados devem ficar próximos aos vistos no ano passado, segundo Denise Rodrigues da Silva, que comercializa a semente há cinco anos. No ano passado, a vendedora comercializou 2 mil quilos da semente, majoritariamente comprados por R$ 3,50 o quilo do produtor e vendidos por R$ 5,00 em pequeno estabelecimento comercial às margens da BR-285.
O grande problema da cultura é o comércio ilegal, combatido pelo departamento florestal do Estado e pelas patrulhas ambientais. Essa fiscalização procura evitar a venda anterior ao dia 15 de abril, conforme norma do Ibama. O técnico da Emater ressalta que a medida é fundamental para a preservação da fauna e da flora da região.
Em Fontoura Xavier, onde o público é recebido no pórtico da cidade por um monumento em formato de pinhão, as 19 bancas que praticam comércio regular da semente às margens da BR-386 iniciam as vendas hoje. O prefeito da cidade, José Flávio da Rosa, lembra que a cultura é importante para a economia da cidade, e, por isso, neste ano, retomaram a 8ª Festa do Pinhão e a 7ª Expofeira, após quatro anos de interrupção em função da conjuntura econômica. O evento acontece nos dias 20, 21 e 22 de abril no Parque de Eventos Atílio Chitolina, na cidade.
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