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Economia

- Publicada em 10 de Abril de 2018 às 22:21

Recuo da soja impacta e safra gaúcha cai 11,4%

Com exceção da área cultivada, demais indicadores da oleaginosa estão com índices negativos sobre 2017

Com exceção da área cultivada, demais indicadores da oleaginosa estão com índices negativos sobre 2017


/MONSANTO/DIVULGAÇÃO/JC
Adriana Lampert
Terceiro maior produtor de soja no Brasil, o Rio Grande do Sul deve sofrer com o decréscimo de 11,1% da safra em 2017/2018, cuja previsão é de chegar a no máximo em 16,6 milhões de toneladas do grão. A perda de mais de 2,1 milhões de toneladas frente a 2016/2017 (quando a safra da oleaginosa no Estado foi de 18,7 milhões toneladas) se deve à região produtora ter sido atingida pela estiagem, observa o substituto da Superintendência Regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Carlos Roberto Bestétti.
Terceiro maior produtor de soja no Brasil, o Rio Grande do Sul deve sofrer com o decréscimo de 11,1% da safra em 2017/2018, cuja previsão é de chegar a no máximo em 16,6 milhões de toneladas do grão. A perda de mais de 2,1 milhões de toneladas frente a 2016/2017 (quando a safra da oleaginosa no Estado foi de 18,7 milhões toneladas) se deve à região produtora ter sido atingida pela estiagem, observa o substituto da Superintendência Regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Carlos Roberto Bestétti.
"A falta de chuva que atingiu principalmente os municípios de Santo Antônio das Missões e São Sepé, além de toda a Zona Sul, prejudicou o desenvolvimento do grão e as folhas abortaram, diminuindo a produtividade", destaca. Com o impacto da soja e outras culturas, a produção gaúcha de grãos deve cair 11,4% ante o ciclo anterior, passando de 35,51 milhões de toneladas para um volume de 31,46 milhões de toneladas. 
A área de plantio de soja no Rio Grande do Sul teve variação positiva de 2,2%, ficando em 5,69 milhões de hectares cultivados. Já a produtividade deve ficar 13% mais baixa que no ano passado, diminuindo de 3,3 mil kg/ha para 2,9 mil kg/ha. "A maioria dos municípios da Zona Sul do Estado perdeu mais de 50% da produção", observa Bestétti. Ele comenta que os bons resultados das regiões Nordeste e Norte do Rio Grande do Sul pareciam ser capazes de recuperar as perdas da Metade Sul. "Porém esta possibilidade já foi descartada", lamenta.
Quanto ao arroz, o levantamento aponta produtividade de 7.293 kg/h, variação negativa de 8% no confronto com o ciclo anterior, e volume de produção esperado 10% menor. Neste ano serão 7,85 milhões de toneladas contra 8,72 milhões em 2016/2017. "Atualmente, os produtores estão colhendo a parte atingida pelo frio e semeada a céu aberto", comenta o superintendente. Ele afirma que, por isso, ainda não se tem resultado das respostas da lavoura, mas que devido aos problemas da colheita em época de semeadura (que representa 77% da safra), já estão previstas quase 1 milhão de toneladas a menos.
Bestétti chama atenção para o fato de que a produção de arroz no Rio Grande do Sul representa mais de 70% da produção total do País, "o que é um problema", uma vez que o produto fica concentrado em uma só região e depende de uma logística cara. "O Paraguai está em situação geográfica privilegiada, e consegue colocar o produto no mercado por um preço menor", compara. Também o milho - cuja produção de 2 milhões de toneladas a menos que o consumo interno - será um problema a ser enfrentando no Estado, avalia o superintendente da Conab. "Será preciso importar o produto, e o custo da logística vai influenciar no preço, criando problemas na cadeia e tirando lucratividade dos setores de suínos e aves, além de inviabilizar o confinamento bovino."
Com menos 9,5% de área de produção em 2017/2018 (somando 728,4 mil hectares), o milho deve atingir uma produtividade total de 6,5 mil kg/ha (queda de 13,2% frente à safra anterior) e chegar a 4,7 milhões de toneladas apenas - 21,5% menor do que 2016/2017. "O que foi plantado na Zonal Sul não gerou grão pela falta de chuva, e o pessoal forneceu de alimento para o gado, o que resultou em quase nada de safra", pontua Bestétti.
Com plantio previsto para iniciar no próximo dia 10 de maio, o trigo é a cultura com a expectativa mais negativa para este ano, porém os dados da Conab ainda não indicam esse cenário. "Os produtores estão desestimulados, e aguardam um aceno do governo federal com linhas de créditos e outras medidas que viabilizem o custo de produção." Por enquanto, a previsão é de uma produção de 1,31 milhão de toneladas, expansão de 2,9% sobre o ciclo anterior.
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