No primeiro bimestre deste ano, foram abertas 4.163 novas vagas de trabalho no setor de transformados plásticos no Brasil, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria do Plástico. Desse total, o Rio Grande do Sul foi o terceiro estado que mais gerou empregos nessa área (813), superado apenas por São Paulo (1.346) e Santa Catarina (1.241).
No Brasil, o segmento conta hoje com um estoque de cerca de 314,6 mil postos de trabalho. O presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast-RS), Edilson Deitos, informa que o Estado concentra aproximadamente 1,3 mil empresas que atuam no setor de transformação de plástico, e que geram em torno de 30 mil empregos diretos.
Apesar do cenário positivo quanto à geração de trabalho, um ponto negativo lamentado por Deitos são os elevados aumentos das tarifas de energia (já confirmados e na perspectiva de serem concretizados). No final do ano passado, foi aprovado o reajuste de efeito médio de 30,62% para as contas de luz da Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D). Em 2018, para a RGE Sul, a proposta de revisão tarifária sugerida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê o efeito médio do incremento na tarifa de 25,34%. Já para a RGE o percentual discutido é da ordem de 19,50%. Os índices de correção dessas duas concessionárias ainda precisam ser homologados e deverão vigorar em 19 de abril, para a RGE Sul, e 19 de junho, para a RGE.
"Infelizmente, nós, consumidores, continuamos pagando a conta de políticas energéticas do passado que foram desastrosas", frisa o presidente do Sinplast-RS. O empresário comenta que uma estratégia que vem sendo adotada pelas companhias do setor do plástico para atenuar os impactos é a substituição de maquinários antigos por equipamentos que apresentam menor consumo de eletricidade. Outra ação que já foi tomada por muitos grupos foi a migração para o mercado livre de energia (formado por grandes consumidores que podem escolher de quem vão adquirir a eletricidade).
Deitos informa que a energia é o terceiro maior custo das transformadoras de plástico, atrás somente da matéria-prima petroquímica e da mão de obra. O dirigente acrescenta que, desde dezembro, houve variações de preços nas matérias-primas, que também estão afetando o setor. O empresário participou, na noite de ontem, no Palácio Piratini, de homenagem ao governador José Ivo Sartori, que recebeu o Prêmio Sinplast Attilio Bilibio, em virtude do apoio do político às causas da cadeia do plástico.