Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Cultura

- Publicada em 17 de Abril de 2018 às 08:20

Jorge Drexler se apresenta no próximo sábado em Porto Alegre

Ingressos para a apresentação do uruguaio no Auditório Araújo Vianna já estão esgotados

Ingressos para a apresentação do uruguaio no Auditório Araújo Vianna já estão esgotados


JESUS CORNEJO/DIVULGAÇÃO/JC
O uruguaio Jorge Drexler, de 53 anos, é homem do mundo. Ganhador do Oscar de 2005, nos Estados Unidos, com canção Al otro lado del río, do filme Diários de motocicleta (do brasileiro Walter Salles), ele lançou, no ano passado, o álbum Salvavidas de hielo, com as músicas que compôs no sofá de casa, em Madri, e gravou na Cidade do México. Agora, depois de passar com a turnê do disco por Argentina, Chile, Uruguai, México, EUA e Colômbia, ele está no Brasil para uma série de shows.
O uruguaio Jorge Drexler, de 53 anos, é homem do mundo. Ganhador do Oscar de 2005, nos Estados Unidos, com canção Al otro lado del río, do filme Diários de motocicleta (do brasileiro Walter Salles), ele lançou, no ano passado, o álbum Salvavidas de hielo, com as músicas que compôs no sofá de casa, em Madri, e gravou na Cidade do México. Agora, depois de passar com a turnê do disco por Argentina, Chile, Uruguai, México, EUA e Colômbia, ele está no Brasil para uma série de shows.
O giro começou em Fortaleza, passou pelo Rio, fez parada para três shows em São Paulo e agora está em Salvador. Antes de se apresentar em Porto Alegre, no próximo sábado, ele é atração em Florianópolis e Curitiba. Os ingressos para a apresentação na capital gaúcha, no Auditório Araújo Vianna, estão esgotados.
É a mais extensa (e concorrida) agenda de espetáculos de Drexler até hoje no País. "O público brasileiro é importante para mim. O que acontece comigo é uma coisa rara, um privilégio, uma vez que canto em espanhol", reconhece ele, que recebeu uma indicação ao Grammy Awards por Bailar en la cueva, seu álbum anterior.
Parceiro, por aqui, dos compositores João Cavalcanti e Tó Brandileone, o uruguaio aponta um outro brasileiro como inspiração fundamental para Salvavidas de hielo, disco feito só com sons de vozes, violões e guitarras elétricas: o percussionista Marcos Suzano. "O Suzano consegue criar uma orquestra a partir do pandeiro, ampliando ao infinito as possibilidades técnicas do instrumento. Tentei fazer o mesmo, só que com o violão, que tratei, no disco, também como um instrumento de percussão", explica o músico, citando uma frase que atribui ao russo Igor Stravinsky: "Quanto mais me limito, mais me liberto".
As canções de Salvavidas de hielo nasceram ao longo de um ano que Drexler passou em casa, envolvido com a rotina familiar. "Compus muito mais do que precisava, ainda não sabia como ia ser o trabalho, mas queria ter uma boa quantidade de canções que funcionassem bem em voz e violão. E canções que fossem autônomas" - conta ele, descrevendo o processo de composição como fechado, introspectivo e solitário. "Tinha vontade de gravar as músicas em uma cidade nova para mim, que servisse de estímulo. O México era quase uma antípoda cultural de Madri, uma cidade colorida, com uma grande força criativa." Lá, Drexler ainda descobriu variações do violão, como a jarana, a leona e o mosquito, que o ajudaram a ampliar a sonoridade do disco.
Uma das canções mais comentadas do registro é Movimiento, espécie de libelo pelo direito dos seres humanos à livre circulação ("Somos uma espécie em viagem / não temos pertences, só bagagem") em um mundo cada vez mais cheio de muros e aduanas. "Os movimentos migratórios não foram inventados pelos mexicanos, nem pelos sírios", defende Drexler. "Meu pai, meu avô, todos foram migrantes. Meu filho não vive no país em que nasceu. Somos todos refugiados."
Com ele, sobem ao palco Martin Leiton (baixo elétrico, leona, guitarrón mexicano e coro), Javier Calequi (guitarras, violões e coro), Matias Cella (programações, guitarras, percussão e coro) e Borja Barrueta (bateria, percussão e coro). O espetáculo contempla 11 músicas do disco e outras 14 pinçadas entre o repertório menos óbvio de mais de 25 anos de carreira fonográfica do compositor. Aparecem composições de Frontera (1999) em diante.
Algumas das faixas mais frequentes da temporada são Río abajo, Milonga del Moro Judío, 12 segundos de oscuridad e La luna de Rasquí. "Há muitas músicas que não tocava há tempos. Gosto muito dessa coisa que o Caetano Veloso faz, que é mudar o repertório inteiro a cada show", finaliza ele, que deve se apresentar somente com voz e violão em alguns trechos do programa. No Rio e em São Paulo, o evento ainda contou com participação especial da cantora espanhola Silvia Perez Cruz.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO