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Repórter Brasília

- Publicada em 08 de Abril de 2018 às 23:01

Fora da disputa eleitoral

Na visão do deputado federal gaúcho Alceu Moreira (PMDB), com a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), "não apenas o PT, mas a esquerda brasileira nesta eleição está fora da disputa eleitoral para a presidência da República, sem chances de ganhar". Segundo o parlamentar, a única chance seria a participação de Lula, que já está fora. "O plano B não chega próximo ao Lula, então o PT não tem sequer alguém que reúna a oposição", argumenta. Para Alceu Moreira, é muito complicado o processo. "No centro, a tendência agora é a reacomodação. Vão fazer cálculos de novo e, com a saída definitiva do Lula, um grupo de eleitores que ficam na centro-esquerda tentam migrar para partidos que tenham mais proximidade com o pensamento social deles. Isso, certamente, vai engrossar um pouco o caldo do centro."
Na visão do deputado federal gaúcho Alceu Moreira (PMDB), com a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), "não apenas o PT, mas a esquerda brasileira nesta eleição está fora da disputa eleitoral para a presidência da República, sem chances de ganhar". Segundo o parlamentar, a única chance seria a participação de Lula, que já está fora. "O plano B não chega próximo ao Lula, então o PT não tem sequer alguém que reúna a oposição", argumenta. Para Alceu Moreira, é muito complicado o processo. "No centro, a tendência agora é a reacomodação. Vão fazer cálculos de novo e, com a saída definitiva do Lula, um grupo de eleitores que ficam na centro-esquerda tentam migrar para partidos que tenham mais proximidade com o pensamento social deles. Isso, certamente, vai engrossar um pouco o caldo do centro."
Discurso da direita esvazia
Na avaliação do deputado Alceu Moreira, a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) foi muito concentrada na oposição ao Lula. "Não tendo o Lula, o discurso dele se esvazia um pouco." Não tem um candidato mais forte hoje, avalia Moreira. Na opinião do parlamentar, "a candidatura mais visível é a do (governador de São Paulo) Geraldo Alckmin (PSDB), certamente com uma coligação."
Perde conteúdo ideológico
Com o desgaste da oposição, a eleição de 2018 perde o conteúdo ideológico e vai muito para as áreas da tecnologia e da economia, afirma Alceu Moreira. "Vão discutir muito o Estado moderno e o modelo econômico. E, no modelo econômico, se insere, com certeza, com muita autoridade, o (ex-ministro da Fazenda Henrique) Meirelles (recém-filiado ao PMDB), candidato ou não." Na pauta de economia, segundo o deputado, "não apenas os candidatos vão ter que dizer que ela está no caminho certo e que tem que dar seguimento a isso, como também vai dar mais autoridade política ao Meirelles."
Esquerda sem candidato
O conceituado historiador José Murilo de Carvalho acha que o PT terá que se aproximar do centro se quiser ser competitivo em 2018. Para o professor da Universidade Federal de Minas Gerais e mestre e doutor em Ciência Política da Stanford University, sem Lula, a esquerda não tem candidato. Na opinião do historiador, a partir de 2019, com um novo presidente eleito, o Brasil seguirá dividido e longe da normalidade. Segundo ele, mesmo na prisão, Lula poderá ser um ator político importante. Quanto ao PT, avalia, o "partido não vai nem deve desaparecer, mas precisa se refundar".
Lava Jato para todos
Após a prisão do ex-presidente Lula e da investigação do próprio presidente Michel Temer (PMDB), o temor de políticos em Brasília é o Ministério Público e a Polícia Federal passarem para o andar de baixo e começarem a buscar os outros envolvidos em falcatruas com o dinheiro público. Em quatro anos, a Lava Jato já investigou mais de 100 políticos de 14 legendas e ideologias diferentes, do PT ao PSDB, sem esquecer o PMDB. Mas, até agora, os que desfrutam de foro privilegiado não foram presos. É hora de voltar os olhos para o futuro. E, para isso, a faxina tem que ser concluída. Aí mora o perigo.
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